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Ministério Público pede bloqueio do patrimônio de Carlos Arthur Nuzman

05/09/2017 10h53

Redação Central, 5 set (EFE).- O Ministério Público Federal (MPF) pediu à justiça o bloqueio do patrimônio de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e de mais dois supostos envolvidos em fraude na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Além do dirigente esportivo, a medida também seria tomada contra o empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, identificado em inquérito como "Rei Arthur", pelo prestígio junto ao governo estadual fluminense, e a ex-sócia Eliane Pereira Cavalcante.

O bloqueio recairia sobre contas bancárias e propriedades dos três investigados na operação, batizada de Unfair Play, desencadeada a partir das apurações feitas pelo braço no Rio de Janeiro da Operação Lava-Jato.

De acordo com os detalhes já divulgados da ação, "Rei Arthur" teria recebido a incumbência do ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso, de pagar US$ 2 milhões (R$ 6,2 milhões) ao senegalês Papa Diack, filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e membro do Comitê Olímpico, Lamine Diack.

Para o Ministério Público Federal, Nuzman estaria envolvido na negociação da propina paga ao filho do dirigente senegalês, que seria repassada na sequência. O presidente do COB, segundo a acusação, teria sido fundamental para sua viabilização.

Hoje, ainda nas primeiras horas da manhã, o dirigente esportivo foi alvo de operação de busca e apreensão, em sua residência, em condomínio no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. A sede do Comitê Olímpico Brasileiro também foi alvo da ação.

Nuzman, que não está detido, foi encaminhado para a sede da Polícia Federal, no centro da capital fluminense, onde prestará depoimento. Eliane Pereira Cavalcante também já está na sede da corporação, depois de ter sido presa em casa.