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Experiência e os 'jogos psicológicos' favorecem Hamilton, diz Ecclestone

08/12/2021 17h08

Paris, 8 dez 2021 (AFP) - A experiência de Lewis Hamilton e os "jogos psicológicos" usados pela Mercedes contra Max Verstappen (Red Bull) favorecem o heptacampeão mundial na luta pelo título desta temporada da Fórmula 1, avaliou Bernie Ecclestone em entrevista à AFP.

Verstappen, de 24 anos, "tem alguns anos de experiência, mas não tanta quanto Lewis", de 36, há 15 na F1 onde foi campeão sete vezes, enfatizou o ex-dirigente da principal categoria do automobilismo esportivo.

"Saber que poderia vencer corridas nos últimos anos porque a Mercedes era a força dominante permitiu que ele forjasse um caráter mais forte do que Max, para quem esta temporada é a primeira na qual ele tem um carro capaz de ser regular", acrescentou o britânico, de 91 anos.

"Max é uma criança comparado a Lewis, e a pior parte é que Lewis tem uma campanha publicitária forte que funciona a seu favor" na F1, destacou Ecclestone.

"Max tem que enfrentar mais do que a corrida porque tem (a pressão da Mercedes) atrás dele (...) São jogos psicológicos", explicou o britânico.

Antes da última etapa da atual temporada, no domingo, em Abu Dhabi, Verstappen e Hamilton estão empatados na liderança do campeonato e, para o ex-dirigente, apelidado de Mister E, o vencedor desta prova será "aquele que tiver mais sorte".

- Hamilton no Top 5 da história -"É bom para o esporte. Nestes últimos anos, as pessoas sabiam muito bem quem ganharia, mas esta temporada tem sido incrível. É bom ter algo um pouco diferente", afirmou.

Independente de Hamilton conquistar ou não seu oitavo título mundial da carreira no domingo, feito que seria um recorde na história da F1, superando o alemão Michael Schumacher, "não mudará nada sobre ele ser um dos cinco melhores pilotos de todos os tempos", explicou Ecclestone. "Ele ainda é um piloto extremamente talentoso e muito inteligente."

Mas, para ele, o francês Alain Prost, campeão mundial de Fórmula 1 em 1985, 1986, 1989 e 1993, "é mesmo o melhor" já que "dirigia seu carro sozinho, sem ajuda", ao contrário dos atuais pilotos, que recebem muitas orientações por rádio, e porque "sempre teve rivais muito competentes", destacou.

Outro nome citado pelo inglês é o argentino Juan Manuel Fangio, campeão mundial de Fórmula 1 em 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957, que "teve a sorte de sempre poder trocar de equipe" para seguir com os melhores.

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