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Brasil com passagens para Rússia 2018 e briga de gigantes por três vagas

24/03/2017 14h12

Montevidéu, 24 Mar 2017 (AFP) - Com passagem de primeira classe reservada, o Brasil já pensa no itinerário para buscar na Rússia em 2018 o hexa-campeonato Mundial, liderado por Tite e Neymar em grande fase, enquanto os demais times vão precisar brigar pelas três últimas vagas diretas e a repescagem.

Os canarinhos, que estavam desorientados sob comando de Dunga, agora esbanjam alegria com Tite no banco de reservas. Desde que assumiu, o treinador venceu sete partidas seguidas nas eliminatórias, definindo um novo recorde e com a promessa de reviver o jogo bonito de outros anos.

Com a goleada de 4 a 1 sobre o Uruguai, o Brasil chegou a 30 pontos em Montevidéu e pode garantir a vaga se vencer o Paraguai na próxima rodada, terça-feira(28), em São Paulo. A iminente classificação parecia distante há quase 1 ano.

"Estamos perto", resumiu Paulinho, autor de um hat-trick no histórico estádio Centenário.

O time mostrou maturidade para reverter a partida, mesmo depois de começar perdendo fora de casa. A equipe não se abalou e conseguiu impor o estilo de jogo eficaz, com Neymar mais livre para criar jogadas de velocidade.

O trio de meio campistas, formado por Renato Augusto, Paulinho e Casemiro, protegeu bem o setor defensivo e saiu com qualidade para levar a bola para os homens de frente. Roberto Firmino jogou taticamente, substituindo bem Gabriel Jesus e participando de dois gols.

- Três vagas diretas -As passagens disponíveis na primeira classe são escassas e Uruguai (23 pontos), Argentina (22), Colômbia (21), Equador e Chile (20) vão precisar lutar pelas últimas três posições que dão acesso direto e uma que dá direito a repescagem. Até mesmo o Paraguai (18) pode pensar na classificação direta, depois de vencer em casa o Equador.

Peru (15) tem poucas chances de conseguir a vaga, enquanto Bolívia (7) e Venezuela (6) sentenciaram o adeus às chances de ir à Rússia e já começa a pensar no que deverão fazer até o Catar, em 2022.

O Uruguai é um time com a estrela Luis Suárez e outro sem ele. Na partida contra o Brasil, a Celeste sentiu falta do artilheiro. O amigo Edinson Cavani até tentou, mas não conseguiu suprir o desfalque do camisa 9.

Os uruguaios ainda tem bom desempenho e precisam vencer os duros confrontos contra o Peru, em Lima, ou contra Messi e companhia em agosto, para garantir a classificação.

A Argentina entrou na zona de classificação depois de vencer o Chile por 1 a 0, enquanto os chilenos saíram da zona verde. O time de Messi sentiu o gostinho russo, mas ainda não convenceu com o futebol proposto por Edgardo Bauza, que não é vistoso mas é suficiente para subir na tabela.

O próximo jogo vai ser em La Paz, nos temíveis 3.600 metros de altitude, onde as pernas se esgotam e a mente fica confusa. Lá, a Argentina sofreu uma das piores goleadas da história, com Diego Maradona como técnico, mas também conseguiu cavar pontos importantes.

A Colômbia, que era a sexta colocada, comemorou a volta para a zona de classificação depois de sofrer com dificuldade a Bolívia por 1 a 0, em Barranquila. Mas os três pontos não são suficiente para esconder o jogo ruim do time de José Pelerman, outro que não encontrou soluções e também não contou com talentos individuais.

A Colômbia vai visitar o Equador em Quito, um rival perigoso que pode renascer no estádio Olímpico Atahualpe, depois de perder em Assunção.

Equatorianos e chilenos perderam e são quinto e sexto colocados. Os comandados de Gustavo Quinteros sabem que tem a altitude como aliada para vencer, enquanto os bicampeões da América vão receber a lanterna Venezuela para reagir.