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Brasileiro aposta em chuva para surpreender africanos na São Silvestre

Ederson Vilela (esquerda), Jenifer do Nascimento (centro) e Giovani dos Santos (direita) vão disputar a 97ª Corrida Internacional de São Silvestre. - Diogo Anhasco/Divulgação
Ederson Vilela (esquerda), Jenifer do Nascimento (centro) e Giovani dos Santos (direita) vão disputar a 97ª Corrida Internacional de São Silvestre. Imagem: Diogo Anhasco/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

29/12/2022 12h54Atualizada em 29/12/2022 16h28

Nove das últimas 10 edições da Corrida Internacional de São Silvestre foram vencidas por africanos —exceção foi o triunfo do qatari Dawit Admasu em 2017. Para quebrar a hegemonia africana este ano, o veterano Giovani dos Santos tem uma aposta: a chuva.

Se estiver chovendo e a umidade estiver alta, vai ser bom. Alguns adversários têm problema para correr na umidade alta, principalmente os africanos. Pra gente essa questão é uma vantagem. Eu sou especialista em correr na umidade alta e em lugares mais abafados, acho que temos condições de levar vantagem. Mas é lógico que se estiver ruim pra um, vai ficar ruim pra todos". Giovani dos Santos, atleta

Giovani dos Santos tem bom histórico na corrida de São Silvestre. Apesar de nunca ter subido ao lugar mais alto do pódio, o corredor de 41 anos ficou seis vezes entre os três melhores.

Há possibilidade de chuva na capital paulista no próximo sábado, data da corrida. As temperaturas devem ficar entre 17ºC e 26ºC ao longo do dia, com previsão de 20ºC durante o horário da prova.

Concorrência africana

Os principais nomes do Brasil na São Silvestre reconhecem a dificuldade em superar os atletas africanos, mais especificamente de Quênia e Etiópia. Ederson Vilela, 11º colocado na edição de 2021, deseja se aproximar ainda mais do topo. "São Silvestre é uma prova que todo brasileiro que começa a correr sonha em vencer. A gente sempre sonha, mas a gente sabe que é difícil".

A cada ano que passa, está um pouquinho mais perto de voltarmos a ver um brasileiro no topo". Ederson Vilela, atleta

No feminino, o domínio africano também é grande, com vitória de atletas da África nas últimas 14 edições.

Jenifer do Nascimento terminou em terceiro lugar na prova em 2021, e foi a melhor brasileira da edição. Apesar do resultado expressivo, a corredora destaca que os africanos chegam em melhores condições por cumprirem um calendário de provas diferente. "A São Silvestre fica no final do ano, então a preparação é mais difícil, porque a gente vem num período nas competições de pista".

Ter a experiência no percurso ajuda bastante, saber em qual momento da prova é possível fazer sua estratégia, e em relação também aos seus adversários. Todo ano muda um ou outro, mas a gente sabe que sempre vêm adversários fortes entre os africanos". Jenifer dos Santos, atleta

Quando é a 97ª Corrida Internacional de São Silvestre?

Data: 31 de dezembro (sábado)

Horário: 7h40 - Elite Feminina; 8h05 - Elite Masculina