"Brasil não constrói quadras, constrói cadeias", diz Mano Brown
O rapper Mano Brown não esconde de ninguém que é um apaixonado por futebol, sobretudo pelo Santos, o time do coração. Para o líder dos Racionais MC's, a função do esporte é mais do que entreter, é formar cidadãos e "dar direção para os jovens". Mas, para cumprir sua função social, ainda esbarra na má vontade dos governantes.
"Se tivessem leis, financiamento e vontade política, que não tem, de ingressar esses jovens no esporte, o Brasil ia estar disputando lá em cima as medalhas de ouro com os outros países", diz o rapper e apresentador.
Mano Brown diz que os brasileiros que ganharam medalhas de ouro nas Olimpíadas de Tóquio são "super-heróis" por subirem ao lugar mais alto do pódio tendo contra "um governo que faz tudo para que você não chegue lá."
O Brasil não constrói quadras, constrói cadeias porque o nosso povo erroneamente escolheu um cara que não propõe política pública para o esporte e saúde para os jovens. Ele propõe diminuição da maioridade penal e cadeia. Punição.
Desde 26 de agosto no comando do podcast Original Spotify Mano a Mano, o rapper já levou para a bancada convidados do meio esportivo, como o técnico Vanderlei Luxemburgo, do Cruzeiro, e os ex-jogadores Gilberto Sorriso, Juary e Pitta, que fizeram parte da primeira geração dos Meninos da Vila.
E contrariando o ditado popular de que "religião, política e futebol não se discute", Mano, sempre afiado, não abre mão de dar os seus pitacos sobre esses temas, e já recebeu em seu programa a rapper e ex-BBB Karol Conká, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o médico Dráuzio Varella, o pastor Henrique Vieira e o vereador Fernando Holiday. Um novo episódio do programa é disponibilizado todas as quintas-feiras.
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