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Carlos Bolsonaro quer proibir atletas trans em competições do sexo oposto

Projeto de Lei foi apresentado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) na Câmara do Rio - Jorge Hely/Framephoto/Estadão Conteúdo
Projeto de Lei foi apresentado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) na Câmara do Rio Imagem: Jorge Hely/Framephoto/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

17/09/2021 11h21

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) apresentou Projeto de Lei na Câmara do Rio de Janeiro propondo a proibição de atletas trans em competições na cidade caso o esportista opte por disputar a categoria oposta ao sexo de nascimento.

"Fica expressamente proibida a participação de atleta identificado como 'transexual' em equipes e times esportivos e em competições, eventos e disputas de modalidades esportivas, coletivas ou individuais, destinadas a atletas do sexo biológico oposto àquele de seu nascimento", diz o artigo primeiro do Projeto de Lei.

Segundo a proposta, no momento de pedir autorização para uma competição, os organizadores deverão preencher formulário informando não haver atletas transexuais em modalidades que não sejam do seu sexo biológico.

De acordo com o Projeto de Lei, o descumprimento acarretará multa de R$ 10 mil, e o evento esportivo não receberá autorização para ser realizado. Além disso, a prefeitura do Rio não concederá bolsa aos atletas trans que participem de competições do sexo oposto ao do nascimento, ainda segundo a proposta.

"Com este argumento pseudocientífico e de clara ordem político-partidária, ativistas LGBT insistem que pais e mães devem permitir que suas crianças e adolescentes decidam, em tenra idade, questões de identidade sexual", disse o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Na justificativa, Carlos Bolsonaro ainda citou a jogadora de vôlei Tifanny Abreu, do Osasco. "Esta realidade, da invasão de atletas transexuais sobre os esportes femininos, já se impõe sobre o Brasil - como se pode ver da participação do atleta transexual Tifanny Abreu no circuito de vôlei feminino nacional", declarou.

"Portanto, não é uma problematização, uma questão inexistente. Ao contrário, se nada for feito, veremos o surgimento de contingentes de meninas e mulheres francamente frustradas e ejetadas de um dos campos mais significativos da cultura, o esportivo."