Suspeito de matar gamer enviou vídeos e livro em que explicaria crime
O suspeito de matar a facadas a gamer Ingrid Bueno, de 19 anos, enviou vídeos e um livro para blogueiros e membros do mundo de eSports antes e depois do crime. Segundo o homem de 18 anos, o livro explicaria a motivação do crime.
O UOL teve acesso a um dos vídeos, mas decidiu não reproduzi-lo. Nele, o homem admite que cometeu o crime e fala do livro. "Bom, vocês estão achando que é tinta, montagem, algo do tipo? Não, não é. Eu realmente matei ela [sic]. E, bom, eu tenho um livro também, pedi para um pessoal estar divulgando o meu livro. E é isso aí. Eu espero que vocês leiam. Tem algumas verdades sobre a humanidade".
No livro, o homem se diz membro de uma seita, que está alcançando o propósito pelo qual veio ao planeta e, em diversas partes, diz que "não suporta a humanidade". Ele enviou o livro a alguns blogueiros.
A professora universitária da UFC (Universidade Federal do Ceará) Lola Aronovich, do blog "Escreva, Lola, Escreva", recebeu o endereço de três vídeos, além do livro. No email, o homem diz: "deixo pra você o meu livro com todos os dias que passei pensando, lá eu falo tudo sobre mim e o porque fiz o que fiz".
O crime
A jogadora de eSports foi morta a facadas na tarde de segunda-feira (22) em Pirituba, zona norte de São Paulo. O suspeito é um estudante de 18 anos que conheceu a garota na internet há pouco mais de um mês.
Conhecida por "Sol", a jovem jogava Call of Duty: Mobile pelo time FBI E-Sports. O suspeito também era gamer, mas atuava na equipe Gamers Elite. Ele confessou o crime ao ser preso.
Segundo o B.O (Boletim de Ocorrência), Ingrid foi encontrada desmaiada pelo irmão do estudante, que não a conhecia. Em seguida, os policiais militares foram até a casa do suspeito e constataram o óbito.
A polícia informou que o estudante fugiu e disse aos familiares que iria se matar, porém, o irmão dele conseguiu convencê-lo a se entregar. Meia hora depois do crime, ele se apresentou à polícia.
Na delegacia, ainda segundo o B.O, o estudante confessou o homicídio, que teria sido planejado previamente. Ele também citou o livro que detalharia o crime e o material foi anexado ao inquérito.
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