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Gabriel Bandeira é prata nos 200m medley SM14 e conquista quarta medalha

Gabriel Bandeira recebe medalha de prata nas Paralimpíadas - Miriam Jeske / CPB
Gabriel Bandeira recebe medalha de prata nas Paralimpíadas Imagem: Miriam Jeske / CPB

Do UOL, em São Paulo

31/08/2021 05h47

Em Tóquio, Gabriel Bandeira não se cansa de conquistar medalhas. Nesta terça-feira (31), o brasileiro foi pela quarta vez ao pódio nas Paralimpíadas. Dessa vez, faturou a prata na disputa masculina dos 200 metros medley da classe SM14 (para atletas com deficiência intelectual).

Na final, o brasileiro virou em segundo nos primeiros 50 metros, no estilo borboleta, e depois caiu para quarto, quando nadou costas e peito. Mas acelerou nos últimos 50m, no estilo livre, e ultrapassou dois competidores para bater em segundo, com o tempo de 2min09s56.

"Meu forte é o final da prova, consegui distribuir bem, mesmo não tendo treinado muito os outros estilos. Mas aproveitei o submerso, que é o meu forte e deu certo", disse Gabriel, ao SporTV, comentando a sua reação nos últimos 50 metros.

O ouro ficou com o britânico Reece Dunn, com 2min08s02, um novo recorde mundial para a prova. O ucraniano Vasyl Krainyk levou o bronze com 2min09s92.

Antes da final de hoje, Gabriel já havia sido ouro nos 100m borboleta, prata nos 200m livre e bronze no revezamento misto 4x100m livre S14. E após avançar apenas na sexta posição à final, conquistou seu quarto pódio nas Paralimpíadas.

O desempenho em Tóquio amplia o começo avassalador de Gabriel na natação paralímpica. Afinal, esta é apenas a sua segunda competição internacional, sendo que na anterior, o Campeonato Europeu, em Portugal, neste ano, ganhou todas as provas que disputou. Aos 21 anos, o paulista de Indaiatuba ainda pode ampliar a sua coleção de medalhas paralímpicas, pois está inscrito para mais uma prova individual em Tóquio: os 100m costas da classe S14, na quinta-feira.

Gabriel era nadador do Minas Tênis Clube na natação convencional quando, em 2020, incentivado por seu treinador, fez testes que apontaram uma deficiência intelectual. Com isso, passou a ser elegível para a natação paralímpica e mudou de equipe, para o Praia Clube, de Uberlândia (MG), onde agora mora e treina.

Com mais essa medalha, o Brasil passa a somar 39 nas Paralimpíadas de Tóquio, sendo 14 de ouro, 10 de prata e 15 de bronze. Dessas, 15 são na natação, sendo 5 ouros, 3 pratas e 7 bronzes.