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Yeltsin Jacques vence 1.500m e Brasil chega a 100 ouros em Paralimpíadas

Yeltsin Jacques vence 1.500m e bate recorde mundial nas Paralimpíadas - Rogério Capela/CPB
Yeltsin Jacques vence 1.500m e bate recorde mundial nas Paralimpíadas Imagem: Rogério Capela/CPB

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/08/2021 21h56

Yeltsin Jacques colocou seu nome na história do esporte paralímpico brasileiro. Liderando de ponta a ponta a prova, o brasileiro venceu os 1.500 metros da classe T11 (deficientes visuais), nesta segunda-feira, nos Jogos de Tóquio, e conquistou o centésimo ouro do Brasil em Paralimpíadas.

"Hoje de manhã o Bira (seu guia) comentou sobre a 100ª medalha de ouro do Brasil em Jogos Paralímpicos e isso deu uma motivação especial. Ele disse que a gente iria fazer história mais uma vez", comentou.

Campeão paralímpico também nos 5.000m, Yeltsin se distanciou dos demais atletas logo na primeira volta, e cruzou a linha de chegada em 3min57s60, acompanhado pelo guia Antônio Carlos dos Santos, o Bira. Além do segundo ouro em Tóquio, o brasileiro estabeleceu um novo recorde mundial e paralímpico para a prova.

"A gente saiu do quarto pensando em ganhar a medalha. Tinha mente em fazer a passagem em 64 segundos, e com isso daria para bater o recorde. Nos últimos 100m metros, o Bira falou para segurar que iria dar recorde", comemorou o atleta.

Na segunda raia, Yeltsin largou na frente nos primeiros metros, e já tinha uma distância confortável ao final da primeira volta. Sem ser ameaçado pelos demais competidores, o brasileiro comandou a prova e "brigou" com os recordes mundial e paralímpico, que pertenciam ao queniano Samwel Mushai Kimani (3min58s37) desde 2012.

A prata ficou com o japonês Shinya Wada (4min05s27) e o bronze foi do russo Fedor Rudakov (4min05s55).

Na classificatória, Yeltsin já tinha sido o mais rápido, ao vencer sua bateria com 4min07s34. Na final, o brasileiro abaixou seu tempo em aproximadamente dez segundos.

Natural de Campo Grande (MS), Yeltsin, de 29 anos, venceu a prova dos 1.500m nas edições de 2015 e 2019 do Parapan, além de ter sido medalhista de prata no Mundial de 2013. E ainda terá mais uma chance de subir ao pódio em Tóquio, pois participará da maratona da classe T12 no próximo sábado, a partir das 18h50 (horário de Brasília).