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Teste para 2016, Mundial de Judô tem apagão, erro em show e público inflado

Rodrigo Farah e Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/09/2013 12h00

Um dos primeiros testes para a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro, o Mundial de judô realizado durante a última semana apresentou alguns problemas. Futuro palco do vôlei nos jogos olímpicos da cidade carioca, o Maracanãzinho chegou a sofrer com um apagão durante as lutas. Além disso, o evento teve falhas no show de abertura com a funkeira Anitta, por exemplo.

O apagar das luzes durante uma luta da brasileira Maria Portela na semifinal da disputa por equipes chegou a interromper o torneio por cerca de 10 minutos no último domingo. Por conta de um pico de energia no gerador do ginásio, durante 15 minutos o Maracanãzinho foi iluminado praticamente apenas pelo telão, placas publicitarias e a luz natural. A baixa visibilidade tornou a pausa inevitável.

Por pouco, a falha não foi presenciada por uma delegação do COI (Comitê Olímpico Internacional), que esteve no Maracanãzinho para as finais da disputa por equipes, que aconteceram apenas no período da tarde, algumas horas depois. No grupo estavam o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, e a presidente da Comissão de Coordenação do COI para os jogos, Nawal El Moutawakel,

Um dos pontos altos do Mundial, o show de Anitta também contou com problemas. Em uma das músicas cantadas pela funkeira, o áudio do ginásio apresentou falhas. Rapidamente, porém, a dificuldade foi corrigida e o espetáculo, que fez parte da cerimônia de abertura da competição, seguiu normalmente, sem outros sobressaltos.

Apesar de ter sido um dos primeiros testes do Maracanãzinho para os jogos olímpicos do Rio de Janeiro, o judô não será disputado no local, que receberá o vôlei. A arte marcial será uma das modalidades que terão o bairro da Barra da Tijuca como sede, caso também do Taekwondo, por exemplo.

Opções de alimentação foram problema

Uma das principais dificuldades sentidas por quem chegou cedo para acompanhar as lutas no Maracanãzinho foi a alimentação. No interior do ginásio eram vendidos apenas biscoitos salgados e lanches descongelados em microondas de uma das patrocinadoras do evento. Entre as principais reclamações dos torcedores estava o preço dos produtos: um cachorro-quente simples, por exemplo, custava R$ 7.

Como as competições duravam o dia inteiro, os espectadores tinham que procurar locais próximos para o almoço. O número de pessoas presentes ao evento, no entanto, tornava a missão algo bastante complicado. Isso aconteceu apesar das condições favoráveis, já que - com exceção de sábado e domingo - os outros dias tiveram públicos pequenos pela manhã.

  • Rodrigo Paradella/UOL

    Os preços dos lanches no ginásio provocaram reclamações dos torcedores presentes

Lugares vazios apesar de incentivos e gratuidades

Mesmo com o programa Lotação Esgotada, que disponibilizou cem ônibus que buscavam crianças e adolescentes em escolas públicas e projetos sociais, as arquibancadas do Maracanãzinho só ficaram cheias no domingo, dia da disputa por equipes. O investimento feito pela organização do Mundial serviu para inflar o número de torcedores, mas não foi capaz de lotar o ginásio.

Os outros lugares disponíveis no Maracanãzinho ficaram vagos apesar de terem sido distribuídos gratuitamente pela organização. Nenhum dos espectadores pagou por ingresso. Ainda assim, nem mesmo no período da tarde - quando eram decididas as medalhas da competição - o público chegou a esgotar os bilhetes.

Como forma de evitar esse problema, a organização possibilitou a reserva antecipada de ingressos por torcedores e chegou a anunciar que todas as 10 mil entradas diárias estavam esgotadas. O que se viu no dia, no entanto, foi que muitas pessoas desistiram de acompanhar a disputa, enquanto outros retiravam bilhetes sem terem feito reservas, sem problemas.