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Presidente promete bicho extra para atletas por feito histórico no handebol

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

19/12/2013 06h00

As jogadoras da seleção feminina de handebol conseguiram um feito histórico nesta quarta-feira. Com a vitória sobre a Hungria, o time chegou à semifinal do Mundial da Sérvia e já garantiu a melhor colocação de todos os tempos na competição. 

E, por causa da vaga na semi, ganharão um ‘bicho-extra’ de presente da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol), como forma de reconhecimento pelo bom desempenho no torneio. Até aqui são sete vitórias em sete jogos, campanha de 100% - a única no Mundial até aqui.

“Elas estão jogando pelo resultado, sem a menor dúvida, não pelo dinheiro. Mas obviamente que o que puder ser feito, será feito. Com certeza terão uma premiação extra por esse feito histórico. Não existe cobrança sobre isso, nada. Mas entendo que é uma oportunidade ímpar de dar um apoio maior, um bônus. Elas merecem”, afirmou Manoel Oliveira, presidente da entidade.

A premiação acertada previamente e o bônus pelos resultados serão pagos com ajuda de patrocinadores da Confederação, segundo o dirigente. Oliveira preferiu não revelar os valores por motivos éticos, mas garantiu que as atletas não fazem qualquer tipo de pressão por causa de prêmios e dinheiro a receber. O foco, segundo ele, é o Mundial.

“A gente conversa sobre isso (premiações), mas eu quero deixar claro que elas não estão lá movidas por isso. Querem ganhar. A Confederação tem parceiros, e não gera recursos próprios. O que for feito em termos de dinheiro é com o apoio dos patrocinadores”, ressaltou Manoel Oliveira.

A seleção reencontrará na semifinal um adversário pelo qual já passou neste Mundial: a Dinamarca. Na primeira fase, as brasileiras venceram por 23 a 18 no jogo que encerrou a fase de grupos. Nesta sexta, as duas equipes brigarão pela vaga na grande final às 17h45 (de Brasília). A outra semi será entre Polônia e Sérvia, que eliminaram as favoritas França e Noruega, respectivamente. A decisão é no domingo, às 14h15.

A evolução da equipe feminina nos últimos dez anos é evidente. No Mundial de 2003, o time foi apenas o 20º colocado na Croácia. Já no último, no Brasil, em 2011, foi o quinto. Em sua primeira Olimpíada, em 2000, ficou na oitava colocação. Em Londres-2012 subiu duas posições e venceu várias potências, como Croácia, Rússia e Montenegro, caindo nas quartas.

"Não estamos somente felizes. Posso dizer que esse é um resultado histórico para o Brasil e, claro, que isso significa muito para o handebol brasileiro. Espero que isso mostre que estamos no caminho certo ara os Jogos Olímpicos (do Rio). É um dia especial e um marco para o Brasil. Certamente, este grupo está colocando a bandeira do país no topo do handebol internacional", comemorou Morten Soubak, técnico dinamarquês que comanda a seleção brasileira.

Embora não esconda a felicidade pelo resultado alcançado até aqui, o presidente da CBHb afirmou que se a equipe conseguir o título mundial, não ficará surpreso, e acrescentou que é algo que todos esperam devido aos últimos bons resultados conquistados.

"Seria uma coisa fantástica, mas na verdade é o que esperamos. O Brasil ser campeão mundial não vai ser surpresa para ninguém. Federação Internacional, técnicos adversários, todos esperam e fazem referências positivas para a nossa equipe. Desde antes de começar o campeonato nosso time é tido como possível finalista. Não é algo fortuito. Isso já vinha sendo dito pelos europeus desde antes do Mundial", completou.