Fred ressignifica o dia 2 de julho para o Fluminense, vai às lágrimas e emociona o Maracanã antes do adeus
O torcedor do Fluminense acordou neste sábado sendo obrigado a relembrar a dolorosa derrota para a LDU nos pênaltis na final da Libertadores de 2008. Mas o 2 de julho ganhou um outro significado nos pés de um dos maiores ídolos da história do clube. Na goleada por 4 a 0 sobre o Corinthians, Fred precisou de oito minutos para fazer o que sabe de melhor, correr para o abraço, ir às lágrimas e emocionar qualquer um presente no Maracanã.
A arquibancada pulsou durante os 90 minutos. Antes de a bola rolar, o telão mostrou o camisa 9 para os primeiros cantos de "o Fred vai te pegar". A torcida não sentia a emoção de vê-lo em campo desde 11 de maio. No Maracanã, a última vez foi em 4 de maio, quase dois meses atrás. Ele ficou apenas no banco de reservas contra Avaí, Cruzeiro e Botafogo, mas Fernando Diniz decidiu, aos 37 minutos do segundo tempo, dar o que os tricolores tanto pediram.
O estádio tremeu. No penúltimo jogo com a camisa do Flu, Fred ficou esperando a chance como um garoto da base ansioso pela estreia no profissional. A cada vez que o treinador mandava chamar algum reserva ele parava e esperava que fosse sua vez. Discretamente fazia o movimento para que a torcida cantasse ainda mais forte seu nome. Quando a hora chegou, comoção geral. O futuro do Fluminense deu lugar ao passado quando Germán Cano deu lugar para o ídolo.
O único gol de Fred na temporada foi contra o Vila Nova nesse mesmo Maracanã em 19 de abril. Foi o de número 199 com a camisa tricolor que tanto o abraçou. Como ele mesmo diz, foi a "única torcida que acreditou" nele depois do momento mais baixo da carreira na Copa do Mundo de 2014. O penúltimo capítulo da história de amor foi com emoção que paralisou o estádio onde o jogador viveu diversas emoções.
Fred fez o penúltimo jogo pelo Fluminense (Foto: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC)
Fred sabe a importância que tem e demonstrou a cada segundo do jogo contra o Corinthians. Desde o aquecimento acenando aos milhares de torcedores que o chamavam a cada segundo. Depois do apito final, passou por todos os setores com torcida para dar um último abraço, autógrafo ou foto. Crianças que mal viram o atacante vestir a camisa 9 tricolor aos prantos ajudam a mostrar o tamanho dele na história do futebol.
O centroavante só conseguiu deixar o Maracanã mais de duas horas depois do fim do jogo. Atendeu todo tipo de torcedor com paciência, mesmo com a alta demanda. Esse é apenas uma amostra do que será o dia 9 de julho. A última dança de um dos maiores atacantes do futebol brasileiro nas últimas décadas. Preparado ou não, o torcedor do Fluminense sabe que faltam poucas horas para o adeus.
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