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Depois da saída de bola e da criação, São Paulo foca nas finalizações

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Imagem: Reprodução/Twitter

07/02/2020 08h00

O São Paulo tem evoluído pouco a pouco neste início de 2020. A saída de bola desde a defesa está chamando a atenção desde a estreia no Paulistão, enquanto o número de oportunidades criadas chegou ao ápice na última segunda-feira, contra o Novorizontino, embora o aproveitamento nas finalizações ainda seja baixo. O foco dos treinos indica que esse cenário tem uma explicação.

A prioridade dos trabalhos táticos de Fernando Diniz durante a pré-temporada, que foi considerada curta pelo treinador, foi a saída de bola.

E os frutos foram vistos logo de cara: na vitória por 2 a 0 sobre o Água Santa, na primeira rodada do Paulistão, os gols saíram de jogadas construídas com passes pelo chão desde a defesa. No segundo, Tchê Tchê, o principal responsável por recuar para ajudar os zagueiros, iniciou o lance dentro da pequena área defensiva do time.

Na segunda rodada, o empate sem gols com o Palmeiras, o Tricolor apresentou um problema muito visto em 2019: ficava bastante com a posse, mas tinha dificuldade para entrar na área e criar ocasiões claras de gol - embora o número de finalizações nesta partida (17) tenha sido maior do que a média dos jogos com Diniz no ano passado (pouco menos de 13 por jogo). O técnico admitiu a falta de verticalidade na coletiva após o clássico e explicou que a construção de jogadas ainda seria abordada nos treinamentos:

- Na pré-temporada a gente priorizou ter mais segurança para sair tocando a bola. Começamos a trabalhar a segunda fase da construção ofensiva agora.

Depois disso, o São Paulo fez os dois jogos bons em termos de volume de jogo. Venceu a Ferroviária por 2 a 1, sendo que desperdiçou chances que seriam suficientes para construir uma goleada, e empatou por 1 a 1 com o Novorizontino, também criando o suficiente para golear - além das finalizações erradas, a arbitragem ajudou a impedir que isso acontecesse ao anular dois gols legítimos de Pato. Esta última partida foi a que registrou o maior número de finalizações da era Diniz: 26, sendo seis na direção do gol.

Apesar de ser o time que mais finaliza no Estadual (19 por jogo), o São Paulo é também a equipe que mais erra neste quesito: a média é de um gol a cada 15,6 finalizações. Não à toa, uma boa parte do treino dessa quinta foi voltada para as finalizações, com Pato, Brenner e principalmente Pablo mostrando pontaria afiada.

Domingo, às 18h, contra o Santo André, no ABC, será possível averiguar se esse quesito já estará melhor. O jogo seguinte será o clássico contra o Corinthians, sábado que vem, no Morumbi.

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