Topo

Dois tempos distintos: a análise do Botafogo na derrota para o Estrela

18/01/2020 07h00

O Botafogo foi surpreendido pelo Estrela do Norte e iniciou 2020 com uma derrota. A equipe comandada por Alberto Valentim foi superada por 1 a 0, no centro de treinamento do hotel-fazenda China Park, em Domingos Martins, na região serrana do Espírito Santo. O Alvinegro, mesmo estando em uma partida de teste, reencontrou antigos problemas no meio do percurso.

A equipe carioca que está no Espírito Santo retorna aos gramado na próxima segunda-feira, às 20h, para enfrentar o Vitória FC, no Estádio Kleber Andrade, em amistoso.

Equipe do primeiro tempo: Gatito Fernández; Fernando, Carli, Ruan Renato, Hugo; Romildo (Cícero), João Paulo; Lecaros, Leandrinho, Luís Henrique; Pedro Raul.

A equipe que atuou no primeiro tempo saiu de campo com mais erros do que acertos. O Estrela abriu o placar no início da partida, com um gol de Henrique, através de um contra-ataque em velocidade pelo lado esquerdo, e, a partir disto, se defendeu em bloco baixo, geralmente com cinco jogadores à frente do goleiro.

Diante desta situação, o Alvinegro reencontrou um problema recorrente no ano passado com Alberto Valentim: o problema de criação diante de equipes que baixam as linhas de marcação e esperam a ação do adversário. O Botafogo não se mostrou capaz de quebrar um ferrolho e criar, por meio das próprias pernas, uma chance real de gol - nos primeiros 40 minutos, a melhor chance surgiu em uma jogada de bola parada.

Individualmente, Hugo teve uma atuação consistente e não comprometeu no lado esquerdo, lado que o Estrela do Norte pouco explorou durante a etapa inicial. Fernando, por outro lado, teve um desempenho para esquecer: além de ter levado a pior nas disputas contra a defesa da equipe capixaba nas jogadas em velocidade no ataque, o lateral se mostrou atrasado em alguns botes e o gol do adversário aconteceu em seu setor.

Equipe do segundo tempo: Saulo; Diego, Marcelo Benevenuto, Cícero, Guilherme Santos; Thiaguinho, Alex Santana; Luiz Fernando, Bruno Nazário, Rhuan; Maxuel.

No segundo tempo, a equipe melhorou. Com Bruno Nazário, a bola chegou com mais qualidade entre o meio-campo e o ataque e o Botafogo, por consequência, criou mais oportunidades de gols. Ao todo, o Glorioso teve, ao menos, quatro chances claras para empatar - Nazário e Rhuan desperdiçaram na cara do goleiro, e Thiaguinho teve duas oportunidades: em uma, acertou o travessão; na outra, teve uma cobrança de falta defendida por detalhe.

- Nós criamos chances mais claras no segundo tempo, isso que era importante. O grande problema é quando você não consegue criar uma situação clara de gol, aí é preciso ver que dá para trabalhar mais ainda. Temos que continuar procurando aumentar ainda mais esse número de ocasiões mais claras no último terço e concretizá-las em gol, com certeza - afirmou o treinador Alberto Valentim, após a partida.

Cícero, atuando em uma nova posição, mostrou serviço e foi bem. No ataque, municiados por Nazário, Rhuan - apesar da chance perdida - e Luiz Fernando também deram trabalho aos defensores do Estrela, sempre fazendo trabalhos em diagonal. Por fim, Guilherme Santos também foi regular.