Especialista vê com ressalvas teto salarial contra dólares da China
Na reunião do último Conselho da Fifa, realizado semana passada, na Suiça, dirigentes europeus e sul-americanos apresentaram uma proposta que visa exclusivamente conter o ímpeto cada vez mais agressivo do mercado chinês. A ideia é criar um teto para gastos, conhecido também como 'salary cap', para contratação e salários de jogadores.
De acordo com um dos principais especialistas do país em direito desportivo, o advogado da CSMV Advogados, André Sica, o pedido levado à Fifa, principalmente por parte do eixo europeu, tem algumas ressalvas.
- A Fifa por si só já regulamenta excessivamente o futebol. Além disso, a Europa está tentando se proteger economicamente de um mercado que pode pagar muito mais do que ela. É um forma de manter a supremacia - afirma.
Segundo ele, criar projetos que tragam novas formas de regulamentação excessiva fazem com que os mercados burlem essas leis.
- Os clubes que são criados como 'ponte' são um exemplo disso - explica.
A China vem tentando adotar algumas medidas para controlar a chegada de estrangeiros no país, tanto é que nos últimos dias anunciou a diminuição do número de atletas de outros continentes - agora são três. Antes, estava liberado escalar quatro, desde que esse quarto fosse asiático.
A decisão sobre essa nova proposta só será decidida em maio deste ano, quando o Comitê se reúne no Bahrein. André Sica, no entanto, é taxativo ao dizer que a Fifa não pode interferir, pois cada mercado tem sua própria economia e legislação. Segundo ele, o ímpeto chinês vai se dissolver com o tempo.
- Essas distorções criadas pela China são temporárias, vide o que aconteceu no Japão no início da década de 90, quando eles levavam todos os nossos jogadores. Por enquanto, a China vai continuar pagando esses valores absurdos enquanto os atletas não tiverem interesse de ir jogar lá. 99% deles vão única e exclusivamente pelo dinheiro - completa.
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