Maycon mira titularidade do Corinthians e diz: "Volto mais experiente"
Maycon foi emprestado pelo Corinthians à Ponte Preta por falta de espaço, mas volta agora como uma das principais esperanças da torcida e da diretoria para a próxima temporada. O volante de 19 anos, que já era um xodó da torcida depois do bom desempenho na Copa São Paulo, em janeiro, passou a ser ainda mais valorizado depois da debandada de jogadores.
O garoto, por sua vez, não guarda mágoa por ter sido preterido no clube em 2016 e diz estar melhor e mais experiente depois da passagem pela Macaca. Em entrevista ao LANCE!, ele comemorou o retorno ao Parque São Jorge e festejou a efetivação de Fabio Carille, com quem já trabalhou.
Porém, mais uma vez Maycon não terá facilidades. O garoto, que realizou 15 jogos e marcou um gol com a camisa alvinegra, perderá a pré-temporada da equipe pois disputará o Sul-Americano sub-20 com a Seleção.
Mesmo assim, o volante acredita que poderá se firmar como titular do Timão e ganhar destaque no ano que está prestes a começar. Confira abaixo a entrevista:
Como avalia a experiência que teve na Ponte Preta?
O intuito de ser emprestado era pegar rodagem, e tive oportunidade de pegar Brasileirão, Copa do Brasil... Quando sai do Corinthians, talvez não tivesse tantas chances como tive na Ponte. Volto melhor e mais experiente, com uma bagagem de jogos. Acho que fiz uns 17 ou 18 jogos só no Brasileiro., quase Quase 22 no total. Tive sequência, foi importante para minha carreira.
Você acredita que no Corinthians não teria essas chances? Depois que foi emprestado, Elias e Bruno Henrique saíram...
Eu não sei se teria chances, poderia ter, mas não fico pensando nessas coisas. Quando eu sai era difícil porque tinha Elias, Bruno Henrique, todos de nível muito bom, enquanto eu estava começando. Ali a melhor coisa era ser emprestado mesmo.
Ser emprestado para um clube do interior serve não só para pegar rodagem, mas também para valorizar "privilégios" que se tem em times grandes, não é?
A estrutura que o Corinthians fornece, não desmerecendo a da Ponte Preta, é melhor. A gente passa a dar valor a pequenas coisas na vida. Eu mesmo passei a morar sozinho lá, então a gente cresce como ser humano também. Dei um passo para trás para depois dar dois a frente.-
Embora a Ponte seja grande, vale frisar...
Claro! Eu estava em um clube que paga em dia, disputa a primeira divisão e que está dando passos para se tornar ainda maior. Mas o Corinthians está num patamar acima. Sempre estive no Corinthians, então passo a dar valor.
Você falou que passou a morar sozinho. Agora voltará para a casa dos pais?
Eu casei, minha mulher foi para Campinas, mas com viagem e tudo mais não deu para aproveitar. Ela também é de São Paulo, vai ser mais fácil agora, não vou voltar pra casa da mãe.
O que está projetando para essa volta ao Corinthians?
Vou retornar para casa, onde fui criado, tenho carinho e admiração grande. A ansiedade da estreia antes de subir é igual à que sinto agora. Estou pensando na Seleção Sub-20, pois temos um campeonato importante, mas o coração bate mais forte pensando no Corinthians, pretendo buscar espaço no grupo, respeitando a todos.
A disputa do Sul-Americano pela Seleção vai te tirar da pré-temporada do Corinthians. Acha que isso pode te atrapalhar?
Eles vão estar fazendo a pré-temporada, vão aos Estados Unidos, mas o Fabio (Carille) me conhece, sabe meu estilo, como jogo... Não vou perder tanto espaço, mas é claro que seria importante começar com os demais, pois brigaria pela titularidade desde o início. Chegando depois sera uma briga sadia e boa. A Seleção não vai afetar tanto, é um passo importante para minha carreira também, o Sul-Americano é uma competição importantíssima.
Essa promoção do Carille no Corinthians pode ajudar os jovens, como você? O Osmar Loss, técnico do sub-20 também pode ser promovido.
Com certeza. Eu e o Osmar ganhamos títulos juntos, ele me conhece bastante, sabe da minha índole, viemos juntos para a Seleção em amistosos contra o México... Só vai agregar para nós, da base.
Acredita que os garotos da base podem ter mais chances?
O intuito do clube esse ano talvez seja talvez dar mais espaço para a base, mas temos que lutar pelo nosso espaço. É o dia a dia que vai mostrar, não adianta ter o técnico que conhece os garotos se não colocarmos em prática o que sabemos.
Uma posição que o Corinthians busca reforços é a de primeiro volante. Você está acostumado a jogar mais avançado, mas poderia quebrar o galho?
Eu quero ajudar da melhor forma possível. O Fabio e os outros profissionais da comissão sabem onde posso render mais, como todos jogadores. De primeiro tem o Cristian, Camacho vinha fazendo a função... Jogadores de qualidade! Vou deixar para a comissão decidir. Subi como segundo volante, é onde me dou melhor, mas se precisar faço o papel de primeiro, quero ajudar o clube.
Muitos torcedores se manifestam nas redes sociais pedindo sua volta e utilização. Como vê esse carinho da torcida?
Me motiva. Nós, jogadores, nos sentimos muito felizes com o carinho da torcida.Nos jogos que fiz a torcida gostou, isso é importante para mim, não só o técnico, mas a torcida gostar é importante. Fico feliz, quero voltar para retribuir o carinho com vitorias e títulos.
2016 foi o ano que você apareceu. Agora é o momento de se consolidar?
Com certeza, eu trabalho para isso, estou focado desde o ano passado para chegar em um momento de ser reconhecido por tudo, meu trabalho, meu jogo... Vou batalhar para que 2017 seja melhor. 2016 foi muito bom, espero que 2017 eu desponte no cenário nacional, estou trabalhando para que seja um ano grande para mim e para o clube. Sei que o Corinthians está passando por dificuldades, mas vamos lutar com raça e dedicação.
Por falar no momento ruim do Corinthians, você seguiu acompanhando o clube mesmo à distância?
Sempre acompanho programas de esporte, tento ficar antenado no que está acontecendo. No Corinthians não é diferente.
Como viu essa indefinição sobre o novo técnico?
Estava ansioso. É importante saber com quem a gente vai trabalhar. Trabalhei com o Fabio Carille quando ele era auxiliar do Tite e depois também, antes do Cristóvão. Eu, Guilherme Arana e o Léo Santos ficamos meio preocupados aqui na Seleção para ver quem assumiria. Conversamos sobre as possibilidades... Ainda bem que o Fabio já nos conhece, sabe como gostamos de trabalhar. Para nós, jovens, foi legal.
E esta experiência na Seleção, como está sendo?
Estou vindo de amistosos, nos quais o Micale não foi o treinador. O conheci no México e agora estou tendo oportunidade de trabalhar com ele. É um técnico que tem altíssimo nível, não à toa ganhou o ouro olímpico. Essa competição é muito importante para a categoria, estou convivendo com grandes jogadores, e depois tem o Mundial, que é uma competição que a gente também quer. Esse é o primeiro passo, estamos trabalhando forte e sério, não à toa estamos perdendo férias e tempo com família.
Aliás, faz tempo que você não tem férias...
Já são três anos mais ou menos. Disputei a Copinha em 2015 e em 2016. Ano passado as férias seriam em fevereiro, mas teve um campeonato nos Estados Unidos. Já neste ano vim para o profissional. Mas está sendo importante tudo isso na minha carreira.
Para finalizar, deixe um recado para a torcida.
O Maycon vai voltar com raça, determinação, muita vontade de ganhar, gana. Isso é o minimo que um jogador do Corinthians pode ter. Quero ganhar títulos, vitórias importantes. Espero que a torcida nos apoie e incentive. Nós vamos lutar, não só eu, mas todos, um time grande não pode ficar sem títulos. Para nós será um ano grande!
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