É tua vez, guri! Tite garante sequência de gaúchos na Seleção
A confirmação de Tite como técnico da Seleção Brasileira, anunciada nesta quarta-feira em coletiva do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, manteve uma curiosa hegemonia no principal cargo do futebol nacional. O sucessor de Dunga trará a quarta passagem de um comandante gaúcho consecutivo a estar no cargo, que trazem momentos de títulos e de boas doses de frustração.
Enquanto espera pelo início de trajetória de Tite, o LANCE! enumera abaixo o legado deixado que o futebol organizado "à moda gaúcha" deixou de lembrança para a Seleção Brasileira desde o ano de 2006.
DUNGA (2006 a 2010)
Anunciado como treinador após a saída de Carlos Alberto Parreira, Dunga iniciou sua primeira passagem na Seleção Brasileira ainda em 2006. Após oscilações nas primeiras partidas, o comandante viu o Brasil se firmar aos poucos e, ainda em 2007, dar a volta olímpica na Copa América, com direito a golear a Argentina por 3 a 0 na decisão.
Sob seu comando, os canarinhos ainda garantiram a vaga na Copa do Mundo e sagraram-se campeões da Copa das Confederações de 2009. Porém, o Mundial de 2010 trouxe polêmica, devido à não-convocação de Neymar e Paulo Henrique Ganso.
Na África do Sul, veio a decepção: após vitórias inexpressivas sobre a Coreia do Norte e Costa do Marfim, um empate com Portugal e uma goleada sobre o Chile, a equipe amargou a eliminação nas quartas de final, caindo com uma derrota por 2 a 1 para a Holanda, de virada.
MANO MENEZES (2010 a 2012)
Em evidência por seus trabalhos no Grêmio e no Corinthians, Mano Menezes foi o escolhido para suceder Dunga na Seleção Brasileira. Embora apontassem seu início como promissor, devido às caras novas e às convocações de Neymar e Ganso e aos bons resultados, o técnico, aos poucos, viu seu trabalho se esvair.
Em 2011, o Brasil amargou uma eliminação nas quartas de final da Copa América, ao empatar em 0 a 0 com o Paraguai e ver seus jogadores desperdiçarem quatro pênaltis. Já o sonho do ouro na Olimpíada bateu na trave, com uma derrota por 2 a 1 para o México em 2012. Em novembro, curiosamente após ganhar seu segundo Superclássico das Américas, sua saída foi anunciada.
LUIZ FELIPE SCOLARI (2012 a 2014)
Voltando com o status de comandante do pentacampeonato em 2002, Luiz Felipe Scolari foi anunciado ainda em novembro de 2012. Após amistosos não muito convincentes, seu retorno à Seleção Brasileira teve o voto de confiança da torcida em grande estilo no ano seguinte.
Em território nacional, os canarinhos superaram equipes como França, Japão, México, Itália e Uruguai para, em uma final com direito a goleada sobre a então campeã do mundo, Espanha, por 3 a 0 no Maracanã, e título da Copa das Confederações de 2013.
Só que a Copa do Mundo escreveria uma história repleta de frustração. Após uma leva de vitórias e classificações no limite, o Brasil comandado por Luiz Felipe Scolari testemunhou a maior tragédia da história de seu futebol: em uma semifinal do Mundial jogada no Mineirão, a equipe viu a Alemanha massacrar por 7 a 1 o sonho do hexa em território nacional. Na decisão do terceiro lugar, a goleada por 3 a 0 sofrida para a Holanda ampliou as dores do vexame.
DUNGA (2014 a 2016)
A safra da gaúchos na Seleção Brasileira continuou ainda em 2014. Após quatro anos, a cúpula da CBF recorreu novamente a Dunga, que chegou com a responsabilidade de "recuperar" uma terra arrasada e levar o Brasil ao título da Rio-2016 e à vaga no Mundial-2018.
Após altos e baixos nos amistosos do Brasil, o técnico deixou uma série de decepções como lembrança. Na Copa América de 2015, a Seleção Brasileira caiu para o Paraguai nos pênaltis nas quartas de finais. Mesmo com uma lista marcada por caras novas, a Copa América Centenário trouxe uma campanha ainda pior: queda na primeira fase, em um grupo com Equador, Peru e Haiti.
TITE (2016-)
Credenciado por seus títulos à frente do Corinthians, Tite chega ao comando da Seleção Brasileira com um grande desafio. O sucessor de Dunga tentará tirar o Brasil da sexta colocação nas Eliminatórias, e levá-lo para a Copa do Mundo de 2018.
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