Kalil detona atual divisão de cotas de TV: 'Aberração'
O CEO da Liga Sul-Minas-Rio, Alexandre Kalil, disparou críticas quanto à atual divisão de cotas de TV do futebol brasileiro. Em entrevista nesta terça-feira à Rádio Gaúcha, o ex-presidente do Atlético-MG designou como 'aberração' os valores designados a equipes de São Paulo e aos clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul:
"É uma aberração o que acontece no futebol brasileiro. Podemos aceitar que Corinthians é um pouco acima de Inter, Grêmio, Atlético-MG e Cruzeiro, mas não o que acontece com clubes paulistas, que recebem mais que o dobro. Inter e Grêmio recebem R$ 80 a R$ 90 milhões. O Corinthians recebe R$ 200 milhões", declarou o dirigente.
Segundo Kalil, a nova liga tem entre suas propostas o objetivo de reduzir a disparidade financeira entre os clubes:
"Estamos dando um passo histórico e gigantesco para reduzir essa diferença brutal. Na tabela, são só cinco pontos (de diferença entre o líder do Brasileirão, Corinthians, e o vice-líder Atlético-MG), mas no dinheiro, R$ 100 milhões."
O ex-presidente do Galo mostrou-se confiante no sucesso da Liga Sul-Minas-Rio, e apontou que há uma união muito grande entre os dirigentes:
"Essa classe nunca foi tão boa como está sendo agora. É uma safra espetacular de gente de bem, que quer o bem para o clube, que não tem aquele que quer receber mais que A ou B", avaliou Kalil.
Porém, Kalil descartou comparações com o Clube dos 13, criado em 1987 e responsável por organizar a Copa União. O CEO da Liga Sul-Minas-Rio vê uma união mais moderna.
"É mais moderno que o Clube dos 13. Até porque ele foi feito em 1987. Estamos em 2015. Temos que copiar o que tem de mais moderno na Europa agora", finalizou o dirigente.
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