A polícia civil de Pernambuco prendeu ontem (03) dois suspeitos de serem os mandantes do ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza e, em coletiva realizada na manhã de hoje (04), deu mais detalhes sobre a operação.
O que aconteceu
Um dos suspeitos apontado como mandante do ataque já tem passagem pela polícia por tentativa de homicídio. Os responsáveis pela operação não revelaram a identidade dos presos, mas explicaram que os suspeitos são o presidente e o vice-presidente da Torcida Jovem do Sport e já tiveram a prisão preventiva decretada.
Neste momento, a polícia acusa os envolvidos de tentativa de homicídio, associação criminosa, dano ao patrimônio e provocação de tumulto. Além dos detidos de ontem, outros quatro suspeitos já estavam na prisão acusados de serem os responsáveis pela fabricação da bomba caseira e de arremessarem o artefato e pedras contra o ônibus.
O presidente e o vice-presidente da Torcida Jovem que comandaram e deram a ordem para ataque à torcida rival. O ataque foi premeditado. Agora, para encerrar as investigações de fato, precisamos entender se a ideia era realmente atacar o ônibus em que estava a delegação (do Fortaleza). Normalmente nessas ações eles tentam atacar os ônibus de torcidas rivais
Delegado Raul Carvalho, responsável pelas investigações
Classificação e jogos
Presidente do Sport se manifesta
Yuri Romão se manifestou após a prisão dos suspeitos do ataque ao ônibus e comemorou a punição aos envolvidos.
"As prisões mostram que a segurança pública de Pernambuco está atuando forte para coibir a ação de membros de torcidas organizadas envolvidos com crimes", afirmou o dirigente.
O ataque
Torcedores do Sport atacaram o veículo da delegação do Fortaleza na saída da Arena Pernambuco após confronto pela Copa do Nordeste.
Pedras e bombas foram arremessadas contra o ônibus. Os jogadores João Ricardo, Escobar, Titi, Brítez, Lucas Sasha e Dudu ficaram feridos.
O zagueiro Titi precisou passar por cirurgia para tirar estilhaços da panturrilha, inclusive. Outros jogadores tiveram cortes na cabeça e foram hospitalizados.
O Fortaleza usou uma camisa branca, com marcas em vermelho, simulando sangue em um de seus jogos. No lugar em que habitualmente está o nome e o número em uma camisa de jogo estava '1,5 centímetros', alusão a Gonzalo Escobar, que escapou da morte por pouco ao ser atingido na cabeça.
Deixe seu comentário