6 marcas do novo Corinthians sob o comando de António Oliveira

Em dois jogos, duas vitórias. Mesmo com pouquíssimo tempo de trabalho, o técnico António Oliveira vai imprimindo sua impressão digital e já dá indícios de que está mudando o Corinthians

As marcas do novo treinador

Adaptação do elenco: O treinador português já fez vários ajustes de posicionamentos, mas o grande destaque até o momento é caso de Caetano. Com Palacios lesionado e Hugo oscilando, a solução para a lateral esquerda foi improvisar o zagueiro. A mudança foi implementada logo em sua estreia e já surtiu efeito imediato. Assim, uma linha de três atrás se forma e libera outros jogadores quando o time está com a bola.

Ataque mais leve e com liberdade: Velho conhecido de Yuri Alberto, António vem ajudando na recuperação do camisa 9 e está utilizando o atacante mais pelas beiradas. Sem ficar preso à função de pivô, ele melhorou e já balançou a rede nas duas partidas com o treinador. Além disso, a entrada de Wesley no time titular deu mais velocidade e um toque de criatividade ao ataque. O resultado é que, em dois jogos, o Corinthians fez o dobro de gols que teve nas seis primeiras rodadas.

Trio de meias colaborativo: Raniele, Maycon e Rodrigo Garro formam o tripé do time no meio, e cada um deles desempenha uma função bem definida. O primeiro é o jogador de segurança, que também desce para compor uma linha defensiva de cinco quando preciso. Com isso, o camisa 7 ganhou mais espaço e vem contribuindo no setor ofensivo: fez um gol e deu duas assistências. Já o argentino é o mais cerebral e fica responsável por dar outra dinâmica em campo.

Rojas participativo: O meia paraguaio é outro que ensaia uma reação. O camisa 10 foi de esperança a uma decepção para a torcida, mas se demonstrou mais empenhado com António. Rojas entrou no decorrer do jogo e esteve mais ligado, com lampejos do jogador que era no Racing. Tanto que deu a assistência para o gol de Yuri que decretou a goleada sobre o Botafogo-SP.

Maior consistência defensiva: O Corinthians vinha de cinco derrotas, tendo sofrido oito gols, e parece ter arrumado a defesa. Os dois adversários não foram os mais perigosos, é verdade, mas o time corrigiu as falhas coletivas de cobertura. O Alvinegro conseguiu passar ileso contra a Portuguesa, e levou um gol na única brecha que deu ontem. O próximo passo é diminuir erros individuais e dar mais liga à linha defensiva.

Estilo paizão: A chegada de António também mudou os ares do clube do Parque São Jorge. A vinda do português representou uma nova oportunidade para boa parte do elenco, e ele vem se empenhando em retomar a confiança do grupo, valorizando todo o elenco. O treinador pregou pés no chão após a segunda vitória, mas seu semblante sorridente na coletiva representa a virada de chave. Passado o pior da tempestade, os jogadores também estão voltando a desfrutar.

Sou apenas mais uma peça, vim para ajudar. Os verdadeiros artistas são os jogadores, que têm que ser cobrados, mas também apoiados. Um treinador não pode viver apenas de treino e jogo, é um gestor de recursos humanos. Tem que tratar dessa forma, dar carinho. É como um pai, dá amor, repreende quando é preciso. São apenas três pontos, dentro de uma caminhada longa que temos pela frente. A vitória nos dá confiança, um resgate emocional dentro da qualidade enorme deste elenco. Disse que íamos resgatar principalmente a confiança. E como se faz isso? Com vitórias

António Oliveira

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