Sincerão, Mano evita desculpas e vê Corinthians 'horrivelmente mal'

O técnico Mano Menezes disse que o Corinthians foi "horrivelmente mal" durante uma parte da derrota por 3 a 1 para o Novorizontino, hoje, na arena.

Início do segundo tempo. "Voltamos horrivelmente mal, de qualquer jeito. Perdemos em 15 minutos, depois era um milagre".

Culpa da direção? "Não estou aqui para fazer análise da direção. Todos têm responsabilidade e boa intenção. O futebol não é justo".

Cobrança do torcedor pela demissão. "Entendo a visão do torcedor, a pressão, tudo que ele está sentindo estamos sentindo também. O caminho é árduo, vamos trabalhar até quando acharem que sou eu que tenho que conduzir o processo".

Falta de reforços. "Eu não quero arrumar desculpa, parece que estaria justificando resultado. O ideal era ter acontecido, mas a realidade é essa e deveríamos estar produzindo mais como equipe. É isso que estamos devendo".

Veja a entrevista de Mano Menezes na íntegra

"Quando aceitei a continuidade do trabalho, aceitei também a reformulação e conduzi-la. Não é como esperamos, mas não é desculpa para perdermos como perdemos. Começamos bem, perdemos gols e essa é a diferença das nossas derrotas. Os últimos 10 minutos do primeiro tempo tiveram erros desnecessários. Adversário é organizado. Não criou tanto, mas o suficiente para fazer o gol no contra-ataque. Fui para o intervalo, precisava dar voto de confiança e não mudei. Quem está fora nessa hora é melhor e não podemos perder todos. Voltamos horrivelmente mal, de qualquer jeito. Perdemos em 15 minutos, depois era um milagre. Corinthians melhorou com Wesley bem, Rojas participativo, Yuri com dois atacantes, mesmo o Pedro Raul há pouco tempo. A equipe teve força, vontade, se entregou, mas é pouco o que estamos fazendo. Os problemas não são os outros, é assumir nossa parte. Esse é o caminho para melhorar. Entendo a visão do torcedor, a pressão, tudo que ele está sentindo estamos sentindo também. O caminho é árduo, vamos trabalhar até quando acharem que sou eu que tenho que conduzir o processo".

Reforços e reação da torcida

"Não estou aqui para fazer análise da direção. Todos têm responsabilidade e boa intenção. O futebol não é justo. Estou aqui para tocar o processo, sustentar isso com a experiência que tenho. Nem me lembro de perder quatro jogos seguidos, está acontecendo agora. Tivemos chance de ouro no primeiro tempo e não fizemos. Quando dá tudo errado, temos que trabalhar. É o único caminho".

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Como fazer o Corinthians melhorar?

"2 + 2 não é necessariamente quatro no futebol. Depende do ambiente, do externo. Com mais confiança, é uma coisa. Desconfiado, erros custam caro. Temos que parar de cometer erros bobos. Sermos uma equipe firme, que não cede facilidades. Humildade para viver esse momento. Time grande tem mais dificuldade de superar isso pois tem outro parâmetro. Tem que ir até o fim, suportar. A equipe triangulou pela direita, infiltrou pela esquerda. Poderíamos ter feito gol na primeira parte, depois ficou muito mais difícil".

Saída do Raniele

"As trocas em momento difícil são sempre erradas pelo treinador. E amanhã quem está fora entra e as críticas repetem. Raniele estava com cartão amarelo, teve uma primeira batida que saiu para ser atendido. Achamos que era o melhor, não precisava mais de volante defensivo. Optamos por um meia, homem mais à frente. Temos que enfrentar. Futebol é duro, não podemos relaxar".

Rebaixamento e vaga nas quartas

"O Corinthians tem que melhorar seu rendimento, sem olhar para o lado. Problema não está no lado, está no nosso rendimento e temos que mudar".

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O que fazer para parar de empilhar marcas negativas?

"O futebol não é de tese, é de realizações. Momento difícil e suficiente para ficar triste e preocupado. Temos que nos unir, ser fortes, para superar esse momento".

Saídas de Fausto, Rojas e Yuri Alberto

"Fomos jogar contra linha de três. Taticamente, abrir dois de beirada para atraia alas para trás. Nesse aspecto, a equipe se comportou bem na primeira parte do jogo. Merecíamos ter saído na frente. Temos jogadores que fazem essas funções, como o Gustavo. Nos ressentimos um pouco de meia central, já falamos sobre isso e nossos jogadores oscilam. Matheus teve duas oportunidades, uma pelo lado e outra com boa condição de marcar também. Essa era a ideia do jogo. Eles com alas, a gente rodar lateral, prender Raniele e fazer coberturas para sermos agressivos e empurrar três na primeira linha de pressão. Tiramos a saída deles de bola, temos que ir ganhando confiança assim. Dar menos aos adversários, ganhar confiança para voltar a vencer".

Corinthians sentiu o segundo gol?

"A parte psicológica é inerente ao comportamento. Confiança se fazemos as coisas boas, perdemos confiança se não fazemos o certo. O ambiente externo empurra mais quando estamos bem. Quando não acontece, vem a cobrança e gera instabilidade momentânea. Caminho é recuperar confiança, fazer coisas bem feitas. Temos que melhorar bastante como equipe".

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Clássico contra o Santos

"Jogo foi bem difícil nesse aspecto, para dar ritmo. Jogo às 11h é mais difícil. Temos que olhar para frente, preparar a equipe, ver o adversário e como nós vamos propor. Vai ser um bom clássico".

Dois centroavantes contra o Santos?

"Estamos pensando nisso, vamos ver a condição do Pedro Raul que chegou recentemente. Yuri consegue fazer beirada pela velocidade que tem. Não ponta, drible de ponta, mas ataque de espaço. E aí sim mudar posicionamento do meio-campo, com 3-2 ou 4-4-2. 4-4-2 jogadores dominam mais, é mais familiar. o 4-1-3-2 gera mais complexidade. As duas formam privilegiam dois atacantes centrais".

Teme não ter tempo para conduzir a reação?

"Eu não quero arrumar desculpa, parece que estaria justificando resultado. O ideal era ter acontecido, mas a realidade é essa e deveríamos estar produzindo mais como equipe. É isso que estamos devendo".

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