Fifa abre processo contra Rubiales após beijo forçado na Copa feminina

O Comitê Disciplinar da Fifa informou hoje (24) Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol, que está abrindo um processo disciplinar contra ele pelos fatos ocorridos durante a final da Copa do Mundo Feminina.

O que aconteceu

Os fatos podem constituir violações do artigo 13, parágrafos 1 e 2 do Código Disciplinar da entidade.

"Associações e clubes, bem como seus jogadores, dirigentes e quaisquer outros membro e/ou pessoa que exerça função em seu nome, deverá respeitar as Leis do Jogo, bem como os Estatutos da Fifa e os regulamentos, diretivas, diretrizes, circulares e decisões, e cumprir com os princípios de fair play, lealdade e integridade", diz o parágrafo 1.

O Comité Disciplinar da Fifa só fornecerá mais informações sobre estes processos disciplinares depois de ter emitido uma decisão final sobre o assunto.

A Fifa reiterou o seu compromisso inabalável de respeitar a integridade de todas as pessoas e condena veementemente qualquer conduta em contrário.

O beijo forçado

Durante a cerimônia de entrega de medalhas à seleção espanhola, Luis Rubiales abraçou Jenni Hermoso e, depois, deu um beijo na boca da jogadora.

Nas redes sociais, a meio-campista disse que "não gostou" da atitude, mas depois amenizou a situação.

Em depoimento à RFEF, Jenni afirmou que tem uma "ótima relação" com Rubiales. A atleta ainda minimizou o gesto do presidente como algo "natural de amizade, carinho e gratidão".

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A mãe da jogadora, Marisol Fuentes, também minimizou o beijo. "O importante é que são campeãs do mundo. O resto não tem importância. Temos que ver que são campeãs do mundo. Não temos que entrar nessas coisas e nada mais".

Rubiales se desculpou pelo beijo. "Houve um fato que tenho de lamentar e é tudo o que se passou entre mim e uma jogadora [Jenni Hermoso], com uma relação magnífica entre os dois, assim como com outras, e onde, bom, certamente me equivoquei, tenho que admitir. Foi sem má-fé em um momento de máxima efusividade. Aqui [na Espanha] vimos isso de forma natural, mas lá fora [do país] se formou uma comoção. Tenho que me desculpar, aprender com isso e entender que, quando se é presidente, tem que ter mais cuidado."

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