Copa feminina tem 83% de receita de patrocínio a menos que a masculina

Os valores de patrocínio da Copa do Mundo feminina de 2023 estão bastante atrás da Copa do Mundo de 2022, com uma diferença de 83% no investimento feito pelas empresas.

O que aconteceu

A receita de patrocínio da Copa feminina é estimada em faturamento de US$ 300 milhões (R$ 1.4 bilhões), enquanto o Mundial do Qatar gerou US$ 1,7 bilhão (R$ 8,3 bilhões). Os dados são da empresa "Omdia", fornecidos aos jornais Time e Blooming.

Embora esta Copa da Austrália e Nova Zelândia tenha batido um recorde de arrecadação financeira dos patrocinadores, as parcerias ainda não estão gerando o retorno esperado. A receita representa uma fatia de 18% em relação ao Mundial masculino.

"É uma oportunidade perdida para marcas que buscam atingir um público engajado e valioso", diz trecho da publicação da revista americana Time.

A pesquisa também indica que as marcas subestimam o alcance que as jogadoras têm nas redes sociais. Embora tenham menos seguidores do que os atletas do futebol masculino, elas geralmente possuem maior engajamento.

Um exemplo é a jogadora Alisha Lehmann, da seleção suíça, que tem quase 14 milhões de seguidores no Instagram e uma taxa de engajamento de 6,99%. Isso traduziria um valor de mídia de US$ 300 mil dólares (R$ 1,4 milhão) em decorrência da "publi".

Ainda assim, esta é a maior e mais frequentada Copa do Mundo feminina da história, com aumento na premiação, publicidade e altos índices de audiência nas partidas.

As jogadoras da Copa do Mundo de 2023 não são apenas esportivas excepcionais, mas também potências das mídias sociais, capazes de promover conexões genuínas com seus seguidores.
Jon Stainer, diretor administrativo da Nielsen Sports (empresa que colhe dados esportivos globais)

As principais patrocinadores desta Copa são Unilever, Budweiser e McDonald's.

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