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Ceni joga responsabilidade à direção por possível demissão: 'Sou empregado'

Do UOL, em São Paulo

19/04/2023 00h05Atualizada em 19/04/2023 11h23

Rogério Ceni despistou sobre o seu futuro no comando do São Paulo. Em entrevista coletiva após a vitória sobre a Puerto Cabello na Sul-Americana, o técnico disse que é "empregado" do clube e jogou a questão para a diretoria.

Fica ou sai? "Não sei, é uma pergunta que não pode ser feita para mim. Eu trabalho todos os dias tentando extrair o melhor de cada um. Com 0 a 0 no intervalo, acho que as vaias foram aceitáveis, mas o time jogou bem, finalizou bastante. Trabalho com o que eu gosto e sou feliz com o que escolhi. A pergunta não cabe a mim, cabe à direção".

Empregado, não empregador. "Os últimos dias são iguais aos primeiros dias: trabalho do mesmo jeito. Não posso responder, mas até gostaria. Facilitaria bastante. Sou extremamente feliz e gosto de trabalhar com eles. Sou empregado, não empregador, não posso responder pelo patrão."

Pressão. "Se pensar só dessa maneira [sobrevida], cada jogo que perde você sai, a cada jogo que ganhar... se ganhar todos os jogos é gênio. Não vejo futebol dessa maneira, vejo pelo que se apresenta. Só destaco que sou extremamente feliz e satisfeito em ter o grupo que trabalho."

O que aconteceu

O ídolo são-paulino chegou para a partida pressionado no cargo, e conseguiu certo alívio após o resultado. A soma de atuações apagadas da equipe com o comportamento do treinador haviam feito com que uma eventual demissão entrasse em pauta.

PVC, colunista do UOL, apurou que Ceni poderia ser demitido até em caso de vitória sobre a Puerto Cabello. Ele noticiou que a postura do técnico nas vitórias e nas derrotas está sendo analisada de perto pela diretoria.

O ídolo são-paulino está em sua segunda passagem pelo clube e ainda não conquistou títulos como treinador. Ele assumiu o cargo pela primeira em 2017 e retornou ao comando do Tricolor em outubro de 2021.

O que mais Ceni disse

Fim de paciência da organizada: "Compreendo, pela história vivida aqui dentro, a necessidade de resultados. Entendo perfeitamente o manifesto, trabalhei 28 anos aqui, sei como funciona. Acho que os jogadores entregam o melhor que podem, e faço o meu melhor todo dia."

Pato vem? "Não sou eu que assino, se o presidente quiser contratar o Pato, é lógico... Não sou eu que defino se vai contratar ou não."

Responsabilidade do treinador: "Tenho responsabilidade em tudo. A responsabilidade de chegar em duas finais e uma semi no ano passado era de quem? Porque quando perde, é do treinador, mas as pessoas acham que o ano passado foi ruim porque não venceu. 'Ah, mas não jogou bem a final'. Aí é o copo meio cheio ou meio vazio. Alguém tem que perder, um sai vencedor.

Relacionamento com grupo: "O mais importante para mim é saber que os caras que trabalho todos os dias gostam do trabalho. Me dou bem com todos, cobro todos em campo. O carinho e a amizade que tenho por todos fogem do ambiente de trabalho."

Apoio dos jogadores: "Me sinto respaldado por eles todos os dias. Trabalho por eles. Jogo sempre para vencer, nem sempre isso acontece."

Calleri ter dedicado gol a ele: "O Calleri é meu capitão, um cara exemplar, uma figura a ser seguida pela dedicação, pela capacidade de entrega. Ele retrata tudo aquilo que o torcedor gostaria de ver em seus jogadores, como muitos aqui, que têm como principal característica a alma e o coração."

Briga com Marcos Paulo: "O Marcos, eu falei, o problema foi uma postagem que ele fez. Eu conversei no meio de todos os jogadores dentro de campo, porque a postagem foi pública. E fico muito feliz que ele tenha feito gol."

Bom menino: "Foi premiado com o gol hoje e tenho certeza que vai ter... Ele é bom menino, não é mau menino. Às vezes [é] influenciado por um ou outro que tem um desvio de conduta, mas ele não é mau menino, não. É um bom menino. Fico feliz por ele."

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