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Torcida eleva aproveitamento em casa e vira trunfo do Corinthians para 2022

Jogadores do Corinthians comemoram com a torcida o gol de Cantillo contra o Bahia - Ettore Chiereguini/AGIF
Jogadores do Corinthians comemoram com a torcida o gol de Cantillo contra o Bahia Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/12/2021 04h00

Com a classificação direta à fase de grupos da Libertadores, o Corinthians já pensa em como se reforçar para a temporada de 2022, tendo em Paulinho um de seus principais alvos. No entanto, um importante trunfo alvinegro não será encontrado na janela de transferências: trata-se da presença da torcida na Neo Química Arena. Findado o Brasileirão, a discrepância foi visível: sem a Fiel, o aproveitamento em Itaquera era de 39%. Com ela, subiu para 92%.

Dos 19 jogos do Timão como mandante recém-encerrada edição da Série A, 11 foram sem a presença dos torcedores devido às recomendações sanitárias para evitar a disseminação da covid-19. Nesse recorte, a equipe venceu três partidas, empatou quatro e perdeu outras quatro, com 13 gols marcados e 14 sofridos. O aproveitamento abaixo dos 40% colocaria a equipe na briga contra o rebaixamento.

Da vitória ante o Bahia, o primeiro confronto com a liberação do público no estádio, até o duelo contra o Grêmio, a realidade mudou: foram sete vitórias e um empate. Nesse caso, a equipe balançou as redes 13 vezes e foi vazada em apenas quatro oportunidades.

A força dos corintianos na Arena foi destacada por importantes nomes do elenco, como o técnico Sylvinho, que atribuiu à torcida a 'vitória da alma' diante da Chapecoense, com um gol de Roger Guedes no último minuto. Um dos líderes do elenco, Renato Augusto também já comentou sobre a importância do apoio em casa.

"A gente sabe que aqui dentro da nossa arena a torcida é diferente e a gente acaba jogando com um a mais", disse o camisa 8 há três semanas, após a vitória por 2 a 0 no clássico contra o Santos.

Quase que simultaneamente ao retorno da torcida, a presença de Renato e dos outros três reforços - Willian, Giuliano e Roger Guedes - no meio da temporada também impulsionou o desempenho alvinegro no Brasileirão.

Desde a chegada dos quatro nomes de peso, o Corinthians deixou de brigar na parte de baixo da tabela para disputar a vaga direta na fase de grupos da Libertadores, confirmada após o jogo diante do Grêmio. Nas seis partidas com o quarteto em campo, o time de Sylvinho nunca perdeu: foram três vitórias e três empates.

Tal qual os reforços de agosto, a melhora substancial do desempenho como mandante será importante para as pretensões corintianas na competição continental, uma vez que boas atuações em casa são essenciais para ir longe no mata-mata. Na edição de 2012, em que conquistou seu único título, por exemplo, o clube do Parque São Jorge venceu seis partidas e empatou uma nas sete vezes em que atuou no Pacaembu.

Desempenho como visitante precisa melhorar

No caminho inverso da evolução apresentada na Neo Química Arena, a campanha do Corinthians como visitante teve uma visível piora nas últimas rodadas do Brasileirão.

Atuando longe de seus domínios, o Timão somava cinco vitórias, quatro empates e somente um revés no primeiro turno. No segundo, porém, a queda foi significativa: foram seis derrotas e três empates fora de casa.

Dessa maneira, se os reforços e a volta da torcida ao estádio colaboraram na ascensão alvinegra à vaga na Copa Libertadores, as atuações como visitante se tornaram uma nova pedra no sapato de Sylvinho para a próxima temporada, em que o clube volta à competição continental após três anos sem disputá-la.

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