Rafael, do Istanbul: 'A gente acaba com o racismo punindo os racistas'
O lateral direito Rafael, do Istanbul Basaksehir, ponderou que seus companheiros de clube e os jogadores do PSG tomaram a melhor decisão, ontem, ao deixar o campo após o quarto árbitro da partida entre as equipes ser acusado de racismo.
O brasileiro entende que a atitude dos jogadores foi uma forma de punir os racistas e opinou que esta é a melhor forma de combater o racismo.
"Acho que a gente só acaba com o racismo, punindo os racistas, o que eu não vejo acontecer. Colocar nas redes sociais pode ajudar. Mas o que ajuda mesmo são ações de punição contra os racistas. Foi o que fizemos ontem. Parabéns a todos que estavam ali. Espero que sirva de lição para as próximas vezes", disse o jogador em entrevista à ESPN Brasil.
"Eu estava na diagonal ali, não pude escutar muito bem o ato racista do quarto árbitro. Vi depois, pelas imagens. É triste. O racismo a gente sabe que existe, é óbvio, a gente vê a cada dia. A nossa atitude foi correta. Ao detectar um racista, não tem jogo. Tem que ser assim em todos os esportes. A partir do momento em que você vê um racista em torno, você sai. Acho que agimos corretamente", continuou.
Rafael contou que foi um dos primeiros a sair de campo em direção ao vestiário, mas admitiu que quando ouviu que o quarto árbitro seria substituído, pensou na possibilidade de a partida ser retomada.
"Acho que eu fui o primeiro a sair de campo. Já fui para o vestiário. Depois que eu ouvi que ele não ia ficar, sinceramente, eu voltaria. Mas, o juiz ouviu, ele também está envolvido. Então, foi a melhor atitude não ter jogado", completou.
A partida entre PSG e Istanbul Basaksehir, paralisada aos 15 minutos do primeiro tempo, será retomada hoje, às 14h55. O jogo é válido pelo Grupo G da Liga dos Campeões da Europa.
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