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Inter 'espalha' percentuais e usa modelo de sucesso com saída de atacante

Netto, promessa da base do Inter, foi liberado para atuar no Mirassol - Divulgação
Netto, promessa da base do Inter, foi liberado para atuar no Mirassol Imagem: Divulgação

Do UOL, em Porto Alegre

18/07/2020 12h19

O Internacional acertou rescisão de contrato com o atacante Netto. O jogador de 22 anos assinará com o Mirassol até 31 de dezembro de 2021. E o modelo adotado na saída já rendeu lucro ao Colorado e tem sido adotado de olho na evolução de atletas formados no clube.

Na saída de Netto, o Inter mantém um percentual sobre os direitos econômicos dele. Em uma eventual venda futura, poderá processar o valor e receber em cima do total pago pelo comprador.

O modelo tem sido adotado há bastante tempo pelo clube. A rescisão ou liberação com manutenção de percentual foi adotada com Artur, no Vorskla, da Ucrânia, Geferson, no CSKA Sofia, da Bulgária, Volnei e André Clóvis, no Estoril, de Portugal, Klaus, no Ceará, Léo Ortiz, no RB Bragantino, e Ronald quando foi para o Boavista, de Portugal. Atualmente ele defende o Botafogo-SP.

O Colorado ainda manteve percentuais em vendas. Ou seja, além de receber na saída do atleta poderá lucrar se ele for vendido novamente. São os casos de Juan Alano, no Kashima Anthlers, do Japão, Erik, no Al-Ain, do Emirados Árabes Unidos, e Charles, no Ceará.

Em nenhum desses casos os jogadores possuem ligação contratual ao Inter, apenas a fatia sobre uma possível venda.

E um bom exemplo deste processo ocorreu com o lucro de R$ 500 mil quando Maurides trocou o Belenenses, de Portugal, pelo CSKA Sofia. O centroavante havia rescindido com o Colorado anos antes, mas um percentual foi mantido.

Percentuais seguem gerando lucro

Neste ano, a manutenção ou aquisição de percentuais já gerou renda ao Colorado. O clube tem direito a R$ 500 mil na negociação de Alex Santana, que trocou o Botafogo pelo Ludogorets, da Bulgária, R$ 2,5 milhões na ida de Gustagol para o Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul, e mais R$ 1 milhão pela venda de uma fatia restante sobre Guilherme Parede. Um total de R$ 4 milhões de lucro sobre jogadores que não pertenciam ao clube.

Em 2019 o clube recebeu aproximadamente R$ 15 milhões por 20% dos direitos de Rogério, que trocou a Juventus pelo Sassuolo, da Itália.

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