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Colombiano de R$ 5,7 mi explica por que chegou como diamante ao Atlético-MG

Dylan Borrero (à direita) falou também sobre a saída de Rafael Dudamel (à esquerda) do comando do Atlético-MG - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Dylan Borrero (à direita) falou também sobre a saída de Rafael Dudamel (à esquerda) do comando do Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

02/04/2020 04h00

O Atlético-MG pagou 1 milhão de euros (R$ 5,75 milhões na cotação atual) para contratar Dylan. O colombiano foi anunciado pelo clube como um diamante. Mas o que fez com que o jovem de 18 anos recebesse a alcunha? Em entrevista ao UOL Esporte, o atleta explica o que o transformou em joia:

"Eu acho que é porque sempre, desde pequeno, trabalho muito para ser o melhor. Então, eu acho que, para mim, futebol é mais que um esporte. Futebol, para mim, é algo que sempre faço com amor, com alegria. Então, quando a pessoa faz o seu trabalho assim, vai sair muito melhor. Eu estava jogando o sub-15 na seleção da Colômbia, com a camisa 10. Então, tenho na minha cabeça que é uma responsabilidade muito grande. Sempre faço isso", disse à reportagem.

Embora seja tratado como joia, Dylan pouco jogou pelo time profissional do Independiente Santa Fe, da Colômbia. O atleta fez apenas oito jogos pela equipe em 2019. Desde o início do ano, o jovem participou de quatro compromissos do Galo.

Contratado ainda em julho passado, o jovem só foi anunciado em janeiro de 2020, quando completou 18 anos. No período em que ficou defendendo o Santa Fe, o jogador fez aulas de português com o intuito de chegar ao Brasil com conhecimento sobre o novo idioma.

"A língua portuguesa é muito difícil a princípio, porque você estuda, mas não tem pessoas para falar português. Agora, que estou morando aqui, todos os meus companheiros falam português. Então, fica mais fácil. Eu fiz quatro meses na Colômbia falando português com um professor que meu agente contratou para mim. Estou entendendo tudo e estou falando mais do que quando estava fazendo aula na Colômbia", comentou.

Em conversa com a equipe de reportagem do UOL, o jogador falou também sobre a família, o projeto para a sua carreira e os trabalhos de Rafael Dudamel e Jorge Sampaoli.

Ausência da família no Brasil

"Não é fácil deixar sua família, seus amigos e namorada. Mas quando você tem presente o que você quer conseguir, que quer lutar por seu sonho, Deus vai colocar em você recompensa. É muito difícil, mas graças a Deus, tenho meu pai aqui, ele sempre me acompanha. É muito fácil, mas eu tenho saudade da minha irmã, da minha mãe, da minha namorada. Assim que terminar tudo o que acontece por causa do coronavírus, elas virão ficar comigo. É passo a passo. Terei muito tempo para aproveitar com elas tudo o que está acontecendo na minha vida".

Projeto para a carreira

"Meu sonho é minha carreira. Eu sempre penso nisso. Quero fazer coisas no presente para depois pensar no futuro. Eu sonho em trabalhar forte para fazer história com o Atlético e os meus companheiros, que tenho um carinho muito grande por eles, por tudo. Eles são a minha segunda família. Queremos fazer história, ganhar o Brasileirão, o Mineiro. Queremos fazer história no Atlético e sempre lembrar desse clube, que vai ficar para sempre no meu coração. Tenho que agradecer aos dirigentes e dar recompensa a eles, que sempre fizeram muitas coisas por nós".

Ídolos

"Na verdade, eu tenho muitos. Mas meus ídolos são Ronaldinho, Messi e Neymar. Eles são os melhores do mundo, mas também por sua humildade. Eu sempre olho a técnica que os jogadores têm. Sobre colombianos, eu gosto muito do Juan Quintero [jogador do River Plate-ARG], é ídolo, ídolo demais. Ele tem muita técnica. E gosto também de Juan Cuadrado [da Juventus-ITA], ele tem muita técnica, sacrifício. Eu olho para eles também".

Trabalho com Rafael Dudamel

"Eu vou estar agradecido com ele, porque ele sempre falava o melhor para mim e que queria o melhor para mim. Eu aprendi muito com ele. Vou sempre desejar o melhor para ele e, principalmente, em sua carreira".

Trabalho de Sampaoli

"Na verdade, agora, já assimilamos tudo, temos uma ideia do que o professor quer para nós. Agora, é avaliar mais que antes para tirar proveito de cada treino, de cada trabalho. Não temos muito tempo para treinar agora com a paralisação por causa da Covid-19. Teremos mais ideias para colocar em prática no jogo. Temos uma boa ideia e uma ilusão muito grande. Vamos fazer de tudo para dar recompensa à diretoria e à nossa torcida".

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