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Organização que tinha Neymar como embaixador vê acusação "com estupor"

Neymar durante anúncio como embaixador da Handicap International, em 2017  - Denis Balibouse/Reuters
Neymar durante anúncio como embaixador da Handicap International, em 2017 Imagem: Denis Balibouse/Reuters

Jamil Chade

Do UOL, em Genebra

07/06/2019 09h29

A Handicap International, entidade que tinha Neymar como seu embaixador mundial, afirmou que "soube com estupor" das "graves acusações apresentadas contra Neymar Jr".

Há uma semana, Najila Trindade registrou um boletim de ocorrência acusando o atacante Neymar de estupro. Segundo o documento, o fato teria ocorrido dia 15 de maio, em Paris. O jogador contesta as informações, enquanto diversas empresas que formam parte dos acordos de publicidade do brasileiro emitiram declarações apontando que estão acompanhando o caso de perto.

Em um breve email, sem entrar em detalhes e se recusando a prestar informações adicionais, a organização humanitária explicou que sua relação com o brasileiro já havia sido encerrada, em abril deste ano. Mas não aceitou dar explicações sobre o motivo do fim da parceria e nem se o encerramento da relação havia sido anunciado publicamente.

"Neymar Jr. foi o embaixador mundial da Handicap International entre agosto de 2017 e abril de 2019", indicou a entidade.

Quando a parceria foi anunciada, em 2017, uma enorme ofensiva de imprensa foi implementada, inclusive com uma coletiva para jornalistas de todo o mundo na sede da ONU. Naquele momento, porém, nada foi dito sobre um prazo final para a relação. Procurada por telefone, a organização insistiu que não daria qualquer outro tipo de informação.

Em 1997, a Handicap International foi uma das entidades que recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Seu trabalho consiste em atuar em situações de pobreza, exclusão, conflitos e desastres.

De acordo com o comunicado, entre 2017 e abril de 2019, "o jogador apoiou a associação na promoção da causa de pessoas deficientes e de populações vulneráveis".

"Sobre as acusações contra Neymar Jr., uma investigação está em andamento para estabelecer a verdade", indicou. "Nesse intervalo, pedimos a cada um para que se respeite a presunção de inocência que se aplica a todos os indivíduos. Não temos outros comentários a fazer sobre esse caso", completou.