Jornal espanhol enumera 5 razões para Zidane ter deixado o Real Madrid

O site do jornal espanhol "Ás" enumerou cinco motivações para a surpreendente decisão de deixar o Real Madrid anunciada pelo técnico Zinedine Zidane nesta quinta-feira. O francês disse que o time "precisa de uma mudança para continuar ganhando, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho" para justificar sua resolução poucos dias após o terceiro título consecutivo da Liga dos Campeões da Europa. Porém, as razões ocultas do adeus envolvem desgastes, ameaças e até questões pessoais.

A primeira razão destacada pelo periódico é a falta de aspirações para o futuro: Zidane conquistou nove títulos em três temporadas como técnico do Real Madrid, sendo três edições da Champions consecutivas. Ele acredita que é preciso uma nova direção para o time continuar sendo campeão e deixa o clube com sensação de dever cumprido e sua imagem intacta. A segunda razão passa por sintomas de desgaste no elenco: os titulares se sentiam intocáveis e os reservas não conseguiam render o esperado, como ocorreu em jogos do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei em que times alternativos fracassaram.

A terceira razão é o futuro de suas estrelas, pois Cristiano Ronaldo e Bale abriram possibilidade de deixar o Real Madrid no futuro próximo e já tinham relações desgastadas: o português deseja valorização e o galês se ressente por ser substituído em jogos importantes. A quarta razão passa pelas decisões monocráticas do presidente do clube, Florentino Pérez: ele negociava com o goleiro Kepa Arrizabalaga, do Athletic Bilbao, enquanto Zidane tentava dar moral a Navas, e falava publicamente sobre o interesse em Neymar enquanto Cristiano Ronaldo se sentia desprestigiado no elenco.

A quinta razão destacada pelo portal espanhol, por fim, são ambições pessoais de Zidane. O francês não gostou de vazarem nomes de possíveis futuros técnicos do Real Madrid em momentos de oscilação ao longo da temporada, e se sentiu desvalorizado. Ele planeja ficar uma temporada parado, mas tem o desejo de comandar a seleção da França após a Copa do Mundo da Rússia.