Jornal: Atlético Nacional fez "vaquinha" por combustível em voo com Lamia
A conclusão de autoridades colombianas de que o avião da Lamia com a delegação da Chapecoense caiu por falta de combustível colocou em evidência algo frequente na companhia aérea: a economia na hora abastecer o avião. Um dia após a Aeronáutica Civil colombiana afirmar que a pane seca foi a causa da queda, o jornal digital boliviano Sol de Pando traz uma reportagem, na qual mostra que jogadores do Atlético Nacional pagaram o combustível da aeronave da Lamia em uma das viagens que o elenco fez com a companhia aérea.
O Sol de Pando mostra nesta terça (27) que em uma viagem feita pelo Atlético Nacional para Assunção, no Paraguai, após enfrentar o Cerro Porteño pela semifinal da Copa Sul-Americana, dono do avião, Ricardo Albacete, recusou-se a pagar o combustível após uma escala em Cobija, cidade em que era prevista uma parada do avião da Chapecoense.
“Foi no retorno da viagem da partida do dia 1 de novembro – quando Miguel Quiroga (piloto) e Marco Rocha (copiloto) aterrissaram em Cobija para reabastecer – Albacete se negou a pagar a gasolina (sic) colocada no avião e os passageiros precisaram pagar pelo combustível da aeronave fazendo uma vaquinha de 3 mil dólares. Albacete também não quis pagar os 28 dólares da taxa aeroportuária”, publica o jornal boliviano.
A publicação boliviana ainda ressalta que era Ricardo Albacete quem pressionava sempre para que os pilotos bolivianos voassem com o tanque no limite de sua capacidade, sem possibilidade de reabastecimento, pois quem teria que pagar as taxas e os custos seria o próprio venezuelano.
Nesta segunda (26), as autoridades da Aeronática Colombiana confirmaram que o avião da Chapecoense caiu por falta de combustível, que o plano de voo era irregular e que o piloto não avisou em nenhum momento que os motores do avião tinham parado de funcionar.
Governo da Bolívia estaria agindo para encobrir verdadeiros donos da Lamia
A matéria do jornal boliviano ainda traz que Ricardo Albacete, venezuelano, é encoberto por alguns ministros do governo boliviano para que os verdadeiros donos da Lamia não venham a público. A publicação informa que a filha de Albacete, Tizania, e um narcotraficante condenado Andrés Lafaurie Restrepo, eram os responsáveis por controlar os pilotos bolivianos da empresa e administrar os contratos de transporte aéreo da empresa para times da Copa Sul-Americana. O Sol de Pango ainda ressalta que outro narcotraficante, Sam Pa (chinês) financiava a Lamia antes do desastre. O chinês está preso atualmente.
“A trama governamental boliviana quer enterrar o caso junto com o piloto Miguel Quiroga por meio de uma estratégia de desinformação para que o piloto morto na tragédia seja o único considerado culpado pela queda do avião da Chapecoense”, completa o jornal.
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