Topo

Griezmann faz dois, França bate Alemanha e pegará Portugal na final da Euro

Veja os gols de França 2 x 0 Alemanha

UOL Esporte

Do UOL, em São Paulo

07/07/2016 17h53

Os franceses provaram mais uma vez sua força quando jogam diante dos seus torcedores. Nesta quinta-feira (7), na tradicional cidade de Marselha, a França venceu a Alemanha por 2 a 0 com gols de Griezmann e classificou-se à final da Eurocopa. Foi a primeira vez que os franceses eliminaram os alemães.

O rival da França na decisão será Portugal, no próximo domingo (10), no Stade de France. E outro tabu estará em jogo - portugueses nunca venceram franceses em partidas oficiais. A última vez, em partida amistosa, foi em 1975. 

Com a vaga na final, a França volta a disputar uma taça em casa. No seu primeiro título da Eurocopa, em 1984, havia jogado em seus domínios. Assim como aconteceu no seu único título mundial, em 1998. O único grande título que conquistou fora de casa foi a Euro-2000, na Bélgica. 

Nesta quinta, a Alemanha conteve o ímpeto inicial dos franceses e foi melhor no primeiro tempo. Mas tomou gol de pênalti polêmico nos acréscimos da etapa inicial e não se recuperou no jogo. No segundo tempo, teve a bola, mas foi estéril e viu Griezmann fazer a alegria da França. 

Quem foi bem: Griezzman

Griezmann 2 - REUTERS/Kai Pfaffenbach - REUTERS/Kai Pfaffenbach
Imagem: REUTERS/Kai Pfaffenbach

Decisivo para a França no jogo. Griezmann converteu a cobrança de pênalti e espantou a sombra da falha na marca da cal na final da Liga dos Campeões pelo Atlético contra o Real Madrid. Com o segundo gol, ele chegou a seis tentos na Euro e passou Zidane na artilharia francesa na história da competição. Agora, com seis, está empatado com Henry. Nas comemorações, o atacante dançou "Tá tranquilo, tá favorável", sucesso do brasileiro MC Bin Laden.

Quem foi mal: Draxler

Draxler - REUTERS/Eric Gaillard - REUTERS/Eric Gaillard
Imagem: REUTERS/Eric Gaillard

Nulo no meio de campo da Alemanha. O meia do Wolfsburg teve boas partidas na Eurocopa, mas não conseguiu repetir o desempenho na semifinal contra a França. Draxler esteve apagado na distribuição do jogo alemão, sofreu na marcação dos contragolpes franceses e, atrasado, ainda fez falta dura em Sissoko que lhe rendeu cartão amarelo.

Opinião dos especialistas

Na opinião de PVC, blogueiro do UOL Esporte, a França confirmou o status de melhor seleção da atualidade. Rafael Reis, também blogueiro da casa, resgatou opinião de três meses atrás no qual já alertava que a França seria num futuro próximo a melhor seleção do mundo. Por sua vez, Juca Kfouri relembrou a história ao escrever que um Ronaldo voltará ao Stade de France, 18 anos depois, para decidir contra os donos da casa

França começa pior, mas vence com pênalti e Griezmann

Mão - REUTERS/Michael Dalder - REUTERS/Michael Dalder
Imagem: REUTERS/Michael Dalder

A França apoiou-se na força de sua torcida e partiu com tudo para cima da Alemanha nos minutos iniciais. E Griezmann logo forçou boa defesa de Neuer. Mas os alemães logo tomaram a posse de bola, frearam o ímpeto inicial francês e dominaram as ações no meio de campo. Criaram duas boas chances: primeiro com Müller, que passou perto em chute cruzado, e depois com Emre Can, que parou em defesaça de Lloris. O capitão Schweinsteiger também assustou em chute de longe.

A Alemanha se impôs de vez no jogo, relegando a França aos contra-ataques. Num deles, no final do primeiro tempo, Giroud saiu na cara de Neuer, mas Höwedes teve recuperação espetacular para salvar. Já nos acréscimos, o juiz Nicola Rizzoli viu mão de Schweinsteiger em dividida com Evra e deu pênalti em lance discutível. Griezzman descolou Neuer para abrir o placar para os donos da casa.

A Alemanha retornou dos vestiários com a mesma proposta de jogo, controlando o meio de campo e invertendo a bola de um lado a outro para achar espaço na defesa rival. Com o gol no fim da etapa inicial, a França voltou para o segundo tempo ainda mais cautelosa e mais organizada na marcação. E dificultou o jogo alemão, estéril com a posse de bola. Até a metade da etapa final, os alemães não acertaram a meta de Lloris.

Com o controle da partida no segundo tempo, a França chegou ao segundo gol após bela jogada de Pogba. Ele entortou o jovem Kirmich e cruzou. Neuer rebateu para entrada da área e encontrou os pés de Griezmann, que só empurrou para chegar ao sexto gol na Eurocopa. No fim, o goleiro Lloris ainda operou mais um milagre contra os alemães, que pagaram caro por não transformar posse de bola em gol. 

Torcedores vão à loucura nas ruas da França

França - AP Photo/Claude Paris - AP Photo/Claude Paris
Imagem: AP Photo/Claude Paris

Palavras não são suficientes para descrever o que aconteceu nas ruas francesas com a vitória sobre a toda-poderosa Alemanha e a vaga na final da Eurocopa. Num dos pontos de maior concentração de torcedores franceses, a fã fest em frente à Torre Eiffel, sobraram bandeiras e sinalizadores com as cores da França.

Presidente francês nas tribunas

Hollande - REUTERS/Christian Hartmann  - REUTERS/Christian Hartmann
Imagem: REUTERS/Christian Hartmann

A semifinal contra a Eurocopa mobilizou toda a França. O presidente do país, François Hollande, acompanhou o clássico in loco, da tribuna do estádio Velodrome , na tradicional cidade de Marselha.

Alemanha sofre desfalques importantes...

Low - AP Photo/Martin Meissner - AP Photo/Martin Meissner
Imagem: AP Photo/Martin Meissner

O técnico Joachim Löw não pôde contar com peças importantes para montar a Alemanha. O zagueiro Mats Hummels, suspenso pelo segundo cartão amarelo, e o meia Sami Khedira e o atacante Mario Gomez, machucados, desfalcaram os campeões mundiais. Höwedes substituiu o zagueiro do Borussia e Schweinsteiger entrou no lugar do volante da Juventus, empurrando Toni Kroos para linha de armação no meio de campo.

... E Müller decepciona como centroavante

Muller - AP Photo/Michael Sohn - AP Photo/Michael Sohn
Imagem: AP Photo/Michael Sohn

Sem o artilheiro Mario Gómez, Joachim Löw colocou Tomas Müller, que ainda não havia balançado as redes na Eurocopa, na posição de centroavante. O ídolo do Bayern de Munique não havia começado na posição até aqui na competição. Nas demais partidas, quando Gotze chegou a jogar como referência no ataque, Müller compôs a linha de meio-campo. O número 13 deu trabalho, teve boas chances de gol, mas deixou a Euro-16 na seca. Em 11 partidas na história da competição, aliás, nunca balançou as redes. Gómez fez falta.