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Gilvan de Pinho descarta cancelamento da Liga: "Vamos cumprir a tabela"

Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro, garante realização da Primeira Liga - Washington Alves/Light Press
Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro, garante realização da Primeira Liga Imagem: Washington Alves/Light Press

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

25/01/2016 21h47

Não há mais dúvidas. A Primeira Liga vai acontecer. Gilvan de Pinho Tavares confirmou, na noite desta segunda-feira (25), o cumprimento da tabela do torneio, que se encerra no dia 31 de março, conforme divulgado pela organização. Durante o Troféu Globo Minas, que marca o início do Campeonato Mineiro, o presidente do Cruzeiro e da competição se pronunciou a respeito do imbróglio criado com a nota emitida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O mandatário do campeonato faz duras críticas a Rubens Lopes, chefe da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e garante que a competição será disputada a partir desta quarta-feira (27).

“Evidentemente estamos abertos ao diálogo, vamos continuar a jogar os jogos e vamos cumprir a tabela. Por que, faltando 72 horas, a CBF se coloca no direito de realizar isso? É uma decepção muito grande, mas vamos continuar. Ele (secretário geral da CBF, Walter Feldman) querer atrapalhar o andamento da Liga é um absurdo. A Liga é independente, a legislação brasileira autoriza a criação da Liga. Nós fizemos tudo de acordo com a lei, tudo da maneira correta. Foram muitos meses de trabalho, para que isso pudesse acontecer na última hora”, afirmou.

“Tenho certeza que a CBF não vai dar nenhuma punição a nenhum clube, porque não pode, isso não pode. Quem foi ameaçado de punição foram os dois presidentes dos clubes do Rio, porque o presidente da Ferj disse que, por decisão da assembleia geral, eles vão confiscar o dinheiro deles, confiscar da cota de televisão e dividir para os clubes do Rio. E ele não pode fazer isso. Eles vão primeiro para a Justiça Desportiva e depois para a Justiça Comum”, acrescentou.

Confiante na realização do torneio, Gilvan de Pinho Tavares explicou o provável motivo da nota emitida pela CBF nesta segunda. Ele crê que as desavenças entre a Ferj e a entidade máxima do futebol acarretaram no problema.

“O que ele (Walter Feldman) me falou foi que ele ficou muito decepcionado com o presidente da Ferj, que o ofendeu demais nesse fim de semana, o que a Liga não tem nada a ver com isso. Já soltamos uma nota oficial, os clubes continuam com eles, foi isso que ficou decidido na última assembleia, e a competição continua”, comentou.

“Vamos jogar os jogos de quarta e quinta e estamos abertos para o diálogo com a CBF, não queremos briga com ninguém, não queremos cisão com a CBF. Nós temos 15 grandes clubes do futebol brasileiro jogando a Liga e querendo fazer dela uma grande Liga. A própria CBF já admitiu publicamente que em 2017 a competição será oficial, até com possibilidade de dar uma vaga na Libertadores”, concluiu.