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Mesmo banido, Blatter continua recebendo salário de presidente da Fifa

Do UOL, em São Paulo

19/01/2016 00h00

Joseph Baltter continua recebendo o seu salário de presidente da Fifa mesmo tendo sido suspenso por oito anos do futebol e estando afastado de seu cargo na entidade máxima do futebol.

A agência Reuters publicou a informação dada com exclusividade à agência de notícias americana por um porta-voz do Comitê de Auditoria da Fifa.

A agência explica que Blatter tem recebido o seu salário mensalmente desde que foi suspenso pela primeira vez, por noventa dias, em outubro de 2015 e continuou mesmo sendo banido do futebol, totalizando quase cinco meses. O ex-presidente da entidade recebera os valores até a eleição na entidade que acontece dia 26 de fevereiro.

“Até a eleição de um novo presidente, em 26 de Fevereiro, o Sr. Blatter é o presidente eleito e, portanto, - de acordo com o seu contrato - tem o direito de receber a sua remuneração. O comitê de remuneração decidiu, por consequência, em sua última reunião, não efetuar quaisquer novos pagamentos de bônus a Blatter”, explicou o porta-voz, Andreas Bantel à Reuters.

Joseph Blatter foi reeleito presidente da Fifa em maio 2015, mas colocou o cargo à disposição apenas quatro dias depois. Apesar da renúncia, no entanto, continuou com seus deveres de presidente até o presidente interino Issa Hayatou assumir a Fifa em outubro. 

Em dezembro, Blatter e Platini foram afastados do futebol devido a suborno e acabaram banidos. Eles não conseguiram comprovar a transação envolvendo ambos em 2011.

Platini recebeu o equivalente a R$ 8 milhões de Blatter, em 2011, dias antes da eleição para presidente da Fifa daquele ano. Platini e Blatter disputavam o pleito. O dirigente francês alega que o valor recebido se referia a serviços prestados de 1999 a 2002 quando assessorava Blatter na presidência da Fifa.

Mas o comitê de ética Fifa rejeitou a versão de "serviço prestado" e entendeu que houve suborno, pois Platini recebeu o dinheiro semanas antes de retirar sua candidatura da eleição presidencial de 2011. O dinheiro não foi apresentado no balanço da Fifa daquele ano; Blatter informa que era um "acordo verbal".