Filha de Blatter diz que renúncia não teve a ver com investigação americana
Corinne Blatter, filha do agora ex-presidente da Fifa, negou que o pai tenha renunciado ao cargo por conta das investigações de autoridades norte-americanas que já levaram nove cartolas à cadeia. Segundo ela, a decisão foi tomada para proteger a família.
“Meu pai é meu pai. Ele é uma pessoa maravilhosa. Tomando essa decisão ele também quer nos proteger, a família dele, antes de tudo. A decisão dele não teve nada, absolutamente nada, a ver com as acusações que estão circulando. Meu pai é uma pessoa honesta que dedicou toda a vida ao futebol”, disse ela à BBC.
Joseph Blatter anunciou sua renúncia no começo da tarde desta terça após 17 anos no cargo. O suíço, segundo a mídia americana, é um dos suspeitos da procuradoria do Estado de Nova York, que esperava a colaboração dos subordinados do cartola na Fifa para construir um caso contra ele.
Desde que o escândalo estourou na semana passada, quando o FBI e a polícia suíça prenderam sete cartolas em Zurique, Blatter estava sob forte pressão. Mesmo assim, ele se manteve no cargo, disputou a reeleição à presidência da Fifa e venceu.
“Eu estou, ao mesmo tempo, triste e aliviada. Meu desejo agora é que a calma seja reestabelecida, para o meu pai e para o mundo do futebol. Acima de tudo eu desejo que o mundo finalmente reconheça as grandes coisas para o futebol que ele fez nos últimos 40 anos”, disse Corinne.
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