CBF diz apoiar investigação, mas não comenta prisão de Marin
A Confederação Brasileira de Futebol emitiu nota oficial sobre as sete detenções ocorridas nesta quarta-feira, em Zurique. Entre os detidos está o ex-presidente da entidade, José Maria Marin. Em nota, a CBF não se aprofunda no assunto, destacando que apoia a investigação feita pela FBI.
"Diante dos graves acontecimentos ocorridos nesta manhã em Zurique, envolvendo dirigentes e empresários ligados ao futebol, a CBF vem a público declarar que apoia integralmente toda e qualquer investigação. A entidade aguardará , de forma responsável, sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente", apresenta o comunicado.
A CBF trocou de comando em abril deste ano; Marin entregou o cargo a Marco Polo Del Nero. As investigações que levaram à prisão de Marin estão relacionadas a contratos fraudulentos em torneios esportivos na América do Sul, entre os quais Libertadores e Copa do Brasil. As irregularidades ocorreram ainda na gestão Ricardo Teixeira.
Marin está detido em Zurique. A Justiça suíça informou que os detidos serão extraditados para os Estados Unidos, base da investigação coordenada pelo FBI.
Caso Marin se opuser à extradição, será aberto um requerimento em que ele terá de permanecer por menos 40 dias na Suíça. A Justiça norte-americana informa que os envolvidos podem pegar até 20 anos de prisão.
A dois dias da eleição para a presidência da entidade máxima do futebol, autoridades suíças - em parceria com a agência dos EUA - adentraram o hotel cinco estrelas em Zurique em que estes cartolas estavam hospedados e fizeram as detenções, de acordo com nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano.
Segundo o comunicado do Departamento de Justiça, um total de 14 réus são acusados de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro, entre outras irregularidades.
"A acusação alega que a corrupção é desenfreada, sistêmica, e que está enraizada aqui nos Estados Unidos", disse procuradora-geral da Justiça norte-americana Loretta Lynch. "Os réus (são acusados) de participação em um esquema de 24 anos para enriquecer a eles próprios através da corrupção no futebol internacional."
A investigação aponta suborno de US$ 150 milhões (cerca de US$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos.
Confira a nota oficial da CBF:
Diante dos graves acontecimentos ocorridos nesta manhã em Zurique, envolvendo dirigentes e empresários ligados ao futebol, a CBF vem a público declarar que apoia integralmente toda e qualquer investigação.
A entidade aguardará , de forma responsável, sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente.
A nova gestão da CBF iniciada no dia 16 de abril de 2015 reafirma seu compromisso com a verdade e a transparência.
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