SP terá conflito interno entre Luxemburgo e Abel se Sabella recusar
O São Paulo conversou com Alejandro Sabella na Argentina na quinta-feira (9) e está disposto a esperar até o próximo dia 17 para ouvir uma resposta definitiva do treinador vice-campeão da Copa do Mundo de 2014. Enquanto isso, já tem o sim de Abel Braga, a quem pediu prazo até esta sexta-feira e mantém contato com Vanderlei Luxemburgo. Nos últimos dias, porém, vê uma divisão cada vez maior dentro da diretoria do clube quanto à preferência por cada nome. E segundo membros da própria cúpula são-paulina, tal divisão resultará em conflito caso Sabella não aceite a oferta.
Tudo se resume ao futuro do departamento de futebol e aos funcionários que lá estão desde a gestão Juvenal Juvêncio, encerrada em abril do ano passado. Publicamente, o São Paulo nega, mas a maioria dos dirigentes mais importantes do clube afirma que a diretoria pretende trocar boa parte do corpo de funcionários que trabalha no CT da Barra Funda, incluindo comissão técnica e cargos administrativos. O vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro se posiciona cada dia mais contrário à ideia e tenta defender o CT. Para ele, este não é o momento.
A reformulação do departamento de futebol, a começar pela comissão técnica, vai depender de qual for o sucessor de Muricy. O São Paulo já sabe que Abel Braga não exige demissão de ninguém e que Vanderlei Luxemburgo, pelo contrário, quer sua comissão técnica fixa, que obrigaria o clube a demitir a comissão técnica que hoje trabalha no CT - fazem parte desta o coordenador Milton Cruz, os preparadores José Mário Campeiz e Sergio Rocha, o preparador de goleiros Haroldo Lamounier e o fisiologista Rogério Neves. O argentino Alejandro Sabella também não exigiria a troca dos funcionários.
Não por acaso, Ataíde Gil Guerreiro, contrário à reformulação do departamento de futebol, defende a contratação de Abel Braga se não houver a opção de contratar Sabella. O presidente Carlos Miguel Aidar está do lado oposto e tem preferência por Luxemburgo. É por isso que, caso não haja acerto com o argentino, o São Paulo terá que se decidir sobre uma questão que vai além da escolha de um novo funcionário, e pode envolver a demissão de outros. Há na diretoria do clube quem diga que Aidar não aceitará o acordo com Abel Braga.
Se Sabella aceitar assumir o comando do São Paulo, evitará a diretoria de viver tal desgaste. Aidar e Ataíde concordam em relação ao argentino: o vice de futebol não precisará mexer em seu departamento, e o presidente não precisará comprar briga com o Flamengo, clube com o qual tem boa relação.
A discussão latente é entre os três nomes, mas o São Paulo ainda não descarta a possibilidade de contratar Jorge Sampaoli, técnico da seleção do chile, também argentino, só no início de julho, quando se encerra a Copa América que ele disputará como anfitrião. Mas tal hipótese só seria possível caso Milton Cruz ficasse à frente da equipe até lá. Automaticamente, o interino ficaria responsável pela participação da equipe no Paulistão, na Copa Libertadores e no início do Brasileirão.
Disposto a esperar Sabella até o próximo dia 17, o São Paulo discutirá os próximos passos em reunião interna neste fim de semana. O clube ainda não falou sobre valores com o argentino, que diz aguardar um posicionamento do Manchester City, da Inglaterra, também sobre a possibilidade de contratá-lo. Até as últimas conversas, a diretoria via pouca transparência em parte do discurso do treinador argentino. Enquanto ele e seu estafe afirmam que disputam com o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, o posto no City, o São Paulo não consegue confirmar tais fatos - casas de apostas nem citam Sabella ou o colocam correndo totalmente por fora, e ele não foi citado pela imprensa inglesa, por exemplo.
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