Scaloni vê vitória justa da Argentina e minimiza polêmica com Mbappé

O técnico Lionel Scaloni disse que a Argentina foi campeã da Copa do Mundo 2022 com justiça. Ele também minimizou uma polêmica com Mbappé.

Vitória justa: "Eu gostaria de falar da partida e não só que sou campeão do mundo. O jogo foi uma loucura. Como treinador, posso falar que vi um grande jogo. Poderíamos fechar nos 90, mas fizemos uma grande, uma grande partida. Não estava nos meus planos ser campeão mundial, mas somos. E acho que o mais importante é da maneira que fomos, fomos justos vencedores. Eu acho que a gente tinha que ter vencido nos 90."

Polêmica com Mbappé: "Não quero polêmica com europeu e sul-americano. Os sul-americanos são do primeiro nível. Quando o Mbappé disse o que disse, foi mal interpretado, porque ele joga com amigos sul-americanos e não diria uma coisa dessas. A América do Sul não ganhava há um tempo, mas não era por nível. Tem mais seleção europeia no Mundial e você pode ficar no caminho. Mas tem que interpretar as palavras e não entrar na polêmica."

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Messi vai parar? "Tem que guardar um lugar para o próximo Mundial. São 26 [nomes] e tem que guardar a 10 se ele [Messi] quiser. Ele tem o direito de decidir o que vai fazer com a carreira e com a seleção. Não tem nada pendente, se é que já teve. É um prazer treinar o Messi e os companheiros. Sinceramente, o que ele transmite aos companheiros é algo que eu nunca vi. Não vi nenhuma pessoa que seja tão influente como ele é."

Recado para Maradona: "Agora que vejo que ele não está aqui. Por sorte, a gente venceu essa Copa que merecia muito, porque somos um país tão 'futeboleiro'. Espero que ele lá de cima possa ter curtido. Agora que você me faz a pergunta que eu percebo que ele não está aqui, espero que ele tenha curtido muito."

Homenagem ao técnico de 86: "Espero que o [Carlos] Bilardo tenha desfrutado. Na mesma mesa eu não estou, porque eles tiveram uma carreira e marcaram época. Eu, hoje, realmente me preocupo com as pessoas felizes. É um Mundial e não passa de futebol. Mas para a Argentina é mais do que futebol, que desfrutem, que entendam que as coisas podem sair mal. A mensagem é para que desfrutem, que a vida seguirá e que sejam mais felizes. A felicidade que transmitem para a gente é espetacular."

Elogio ao elenco: "Como todo o ciclo, você vai construindo e vendo as coisas e vai te dando conta de que está formando algo. A sensação era que tínhamos um grande grupo. E na seleção estão os melhores, e a Argentina tem grandes jogadores. Estava tudo mais fácil. Eu tinha que escolher uns jogadores e hoje eu vi os atletas que não estavam na lista de 26 e estavam dentro de campo. Isso é porque todo mundo quer participar. Quando você vê isso, não tem como ir mal. Por umas coisinhas hoje, uma jogadinha ruim, eles empataram e poderiam vencer. Mas a maioria das vezes sentíamos que estávamos bem nesse processo."

Agradecimentos pelo título: "Me custa falar no singular, quero agradecer a todo o corpo técnico, Ayala, Samuel, Aimar? Eles foram parte grande disso, mas a maior parte é dos jogadores. O treinador acomoda umas peças, mas tem sempre os melhores. Você tem que colocar na estrada para que o time ande sozinho. A gente se colocou ali e eles levaram sozinhos. Claro que temos um mérito, mas a maior parte é deles, dos jogadores."

Momento de emoção: "Sempre quero dedicar aos meus pais, já me emocionei [começa a chorar]. Eu sou o que sou por eles. Eles passaram momentos difíceis, espero que eles tenham orgulho do filho que têm e sou o que sou graças a eles. À minha esposa, meus filhos, meus irmãos, minha prima e a todo mundo que sofreu com a seleção, e ao meu povo que pode festejar neste momento. Não tenho muito mais o que falar."