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Provável substituto de Neymar, Rodrygo encantava Tite antes mesmo de Vini

Rodrygo comemora gol da seleção brasileira contra o Paraguai em fevereiro de 2022 - Washington Alves/Reuters
Rodrygo comemora gol da seleção brasileira contra o Paraguai em fevereiro de 2022 Imagem: Washington Alves/Reuters
Eder Traskini e Danilo Lavieri

Do UOL, em Santos (SP) e Doha (QAT)

27/11/2022 04h00

Classificação e Jogos

Vini Jr é titular da seleção brasileira e um dos principais jogadores de futebol do mundo. Isso não se discute. Porém, Rodrygo, seu companheiro de Real Madrid e provável substituto do lesionado Neymar para o jogo contra a Suíça, amanhã (28), já encantava o técnico Tite antes mesmo do 'malvadeza'.

Até o início de 2020, o comandante da seleção brasileira via em Rodrygo um jogador mais completo e extremamente maduro para os seus então 18 anos, tanto na tomada de decisão quanto no quesito tático.

Na época, Vini e Rodrygo disputavam uma posição na seleção brasileira. Hoje os tempos são outros: Vini é o dono da ponta esquerda, enquanto Rodrygo é o mais versátil do ataque e pode atuar nas quarto funções, mas foi convocado por Tite exatamente para a função de Neymar.

O 'Malvadeza' pode não ter a polivalência do 'Rayo', mas reconhecidamente evoluiu demais taticamente - antes um temor de Tite na seleção. As atuações de Vini no Real e sua função tática, baixando para fechar na marcação pelo seu setor, provaram ao treinador do Brasil na Copa do Qatar 2022 que ele estava pronto - tanto que Tite 'deu um jeito' de montar a seleção com o atacante para a estreia contra a Sérvia.

Na temporada 2019/20, Vini Jr - que havia chegado à Espanha um ano antes - atuou mais vezes pelo Real Madrid, mas foi Rodrygo quem marcou mais gols. Foram 38 jogos para Vini, oito gols e cinco assistências, enquanto o 'Rayo' atuou 26 vezes, anotou sete e deu três assistências.

De lá pra cá, os dois evoluíram e se firmaram no time merengue. Vini Jr se tornou titular absoluto e destaque do time, marcou o gol do título da Liga dos Campões e foi o melhor brasileiro no prêmio Bola de Ouro deste ano, ficando com a oitava posição.

Só que a final da Liga dos Campeões só foi alcançada pelo Real Madrid por causa da estrela e do poder de decisão de Rodrygo. Nas quartas, ele saiu do banco para levar o jogo contra o Chelsea para a prorrogação; nas semis, repetiu a dose ao sair do banco e virar o jogo diante do Manchester City, com gols aos 90 e 91 minutos, forçando nova prorrogação.

Na temporada passada, Vini foi titular em 47 partidas do Real, enquanto Rodrygo começou 25 partidas, mas entrou em outras 24. Já nesta temporada, o ex-Menino da Vila ganhou a titularidade e já iniciou 15 partidas contra 20 do ex-flamenguista.

Se antes Tite dizia que Rodrygo "era de verdade", hoje ele sabe que os dois atuais vencedores da Liga dos Campeões têm futebol para comandarem o Brasil na Copa do Mundo do Qatar na ausência de Neymar.

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