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Copa no calor do deserto? UOL passou até frio em primeiro jogo no Qatar

Torcedores do Uruguai no estádio Al Bayt para a abertura da Copa - Richard Sellers/Getty Images
Torcedores do Uruguai no estádio Al Bayt para a abertura da Copa Imagem: Richard Sellers/Getty Images

Pedro Lopes

Do UOL, em Doha

20/11/2022 16h38

Classificação e Jogos

Desde que o Qatar foi escolhido em 2010 como sede da Copa do Mundo de 2022, o calor do foi um dos vários pontos de discussão. O clima do país asiático é oficialmente classificado como "desértico". É, de fato, um deserto. Temperaturas chegam a 45 °C no verão, e mesmo no inverno sempre superam os 30°C. As chuvas são raras, o ar é seco. Tempestades, só as de areia. Seria possível jogar futebol de alto rendimento nessas condições?

Ao longo da organização, o país sede do Mundial prometeu que lidaria com o problema. O resultado pôde ser sentido pela primeira vez neste domingo, quando a bola rolou pela primeira vez na vitória do Equador por 2 a 0 sobre os donos do casa. A equipe do UOL chegou ao estádio Al Bayt (no meio do deserto ao norte de Doha) com medo do calor, mas acabou passando mesmo é um pouco de frio.

O dia estava quente - como todos até agora em Doha - mas a realidade é que os qataris realmente parecem adaptados ao próprio clima, a pondo de dominarem a arte da climatização. A potência do sistema de ar condicionado é impressionante: enormes tubos podem ser vistos passando por toda a extensão do estádio. Nas áreas externas, era possível ver jornalistas e torcedores abrindo suas mochilas em busca de um agasalho.

A coisa vai além de ar condicionado: existe uma série de técnicas de resfriamento sendo utilizadas, variando de estádio para estádio. Um deles, o Khalifa, é construído de uma forma que a arquitetura empurra o ar mais frio das áreas internas em direção aos torcedores e ao campo. Outro, o Al Janub, possui um sistema de fluidos internos no telhado para impedir que o ar quente se misture com o frio.

O resultado na estreia da Copa do Mundo foi completamente eficiente, mas alguns fatores contribuíram. As máximas não passaram de 29°C. O jogo aconteceu às 19h no horário local, já sem o sol que castiga Doha diariamente.

A reportagem do UOL sentiu na pele o clima do Qatar nos primeiros dias no país. Temperaturas entre 30°C e 33°C são relativamente comuns para brasileiros, mas mesmo assim o calor de Doha é um desafio diferente. Não há uma nuvem sequer no céu, e pouca umidade. A cidade é altamente urbanizada, com grandes avenidas que não são densamente populadas. Há pouca sombra, pouca grama e muitas superfícies de areia e concreto. Isso aumenta a sensação de calor.

O grande teste para torcedores, imprensa e, principalmente, jogadores vai ser encarar uma partida profissional de futebol com o sol a pino. Será, também, o grande teste para os sistemas de climatização da Copa de 2022. A primeira oportunidade para isso será na terça-feira, quando a Argentina enfrenta a Árabia Saudita às 7h do horário de Brasília, 13h - auge do sol - no Qatar.

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