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OPINIÃO

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Voto de Tite ajuda a explicar fracasso do Brasil na Copa do Qatar

Colunista do UOL

28/02/2023 04h01Atualizada em 28/02/2023 11h45

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Treinadores e capitães das seleções nacionais de futebol, a pedido da Fifa, escolheram o melhor jogador do ano. Lionel Messi ficou em primeiro e Kylian Mbappé em segundo.

Tite votou em Neymar, com Messi em segundo e Mbappé em terceiro. Sim, Neymar, que jogou pouco até por causa de uma contusão, foi melhor que os dois protagonistas da Copa. O cara que levou a Argentina a um Mundial após 36 anos e o artilheiro da competição.

Thiago Silva votou em Neymar também. Messi em segundo e Benzema em terceiro.

Ah, o ano não se resume ao Mundial. Ok. E o que Neymar fez de tão notável no PSG para merecer a honraria? Jogou mais que Messi, Mbappé ou Benzema?

Como justificar a votação em Neymar?

Compadrio? Precisamos votar em um brasileiro? Se for isso, por que Neymar e não Casemiro ou Vinícius Jr?

Solidariedade ao menino Ney, que passa por momentos ruins? Ora, então votassem em Daniel Alves, aquele que transcende o futebol?

Existe uma outra opção. Estarrecedora. Talvez eles considerem mesmo que Neymar foi o melhor do ano. O absurdo explicaria o fracasso brasileiro no Qatar.

E como melhor treinador, ambos votaram em Ancelotti. Tite colocou Guardiola em segundo e Walid Regragui, do Marrocos, em terceiro.

Mediocridade total. Tite, ao não votar em Scaloni, fez como a raposa da fábula, e disse que as uvas estavam verdes.

Não aceitou votar no campeão do mundo —coisa que ele nunca será— e no cara que ganhou a Copa América no Brasil.

Ainda bem que acabou a era Tite! Que o próximo treinador não seja um Neymarzete.