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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Kelvin, a Pátria de rodinhas, quimono e o que mais vier

Kelvin Hoefler, medalha de prata no skate street em Tóquio-2020 - Jonne Roriz/Jonne Roriz/COB
Kelvin Hoefler, medalha de prata no skate street em Tóquio-2020 Imagem: Jonne Roriz/Jonne Roriz/COB

25/07/2021 11h24Atualizada em 25/07/2021 14h54

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Bastaram alguns minutos e aquele dialeto de Quick Flick 369 reverse no back drop com inclinação máxima acumulada com um triplo Twist carpado foi assimilado por nós, os cavadores de medalhas.

De uma maneira bem simplória: é só torcer para o skate girar o ar, cair no corrimão e pousar com a elegância sutil de Bobô. Ah, e uma secadinha para os outros irem aí chão, como a Terezinha da cantiga, não vai mal. Sem machucar, é claro.

E hoje tem a Fadinha e as Fodonas. Ganhar ouro com uma menina de 13 anos vai ser motivo claro e justo para nossa brasilidade aflorar. Nem sei se é patriotismo, mas de dizer e acreditar que podemos sim

Depois da prata, veio o bronze no judô. E o vôlei vencendo a Tunísia, ou será que eu já estou confundindo os dias?

É lindo podermos praticar, alí mesmo na poltrona da sala o esporte que nos resta: o revezamento de canais. Até troquei a pilha do controle remoto

Hoje, vivemos a era de muitas possibilidades e algumas certezas. Antes, éramos como a Tunísia, que está extasiada com o ouro na natação e a prata no Taekwondo e que continuará assim, maravilhada, se nada mais vier.

Antes, éramos apenas algumas possibilidades. Depois, algumas possibilidades e algumas surpresas. Agora, todos prosas, estamos prontos a cornetar o próximo skatista que não fizer um Flick Quick 360 totalmente perfeito.

Sim, também somos bons em cornetar. E queremos deixar claro que somos rabeira apenas na vacinação.