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Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Realidade do Vasco passa longe do mundo maravilhoso que a SAF prometeu

Maurício Barbieri durante Vasco 1 x 4 Flamengo: goleada no primeiro tempo e zona do rebaixamento -  Thiago Ribeiro/AGIF
Maurício Barbieri durante Vasco 1 x 4 Flamengo: goleada no primeiro tempo e zona do rebaixamento Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colunista do UOL, em Lisboa, Portugal

06/06/2023 09h04

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Antes de Vasco 1 x 4 Flamengo, o blog lembrou uma declaração de Josh Wander, sócio da 777 Partners. Ele afirmou que o duelo semifinal pelo estadual de 2022 seria o último com disparidade financeira entre os dois elencos.

Foi em março do ano passado, mas apesar das 16 contratações, a diferença de investimento e, consequentemente, técnica entre os rivais segue grande. Os 4 a 1 da noite de segunda-feira reforçam a tese.

Mas o placar não seria tão elástico e humilhante para os vascaínos (4 a 0 no primeiro tempo) se o trabalho no clube fosse bom. Passa longe disso. E aí vem a pergunta: por que Maurício Barbieri como técnico?

A temporada 2022 do Red Bull Bragantino foi frustrante, com direito a eliminação na fase de grupos da Libertadores em último lugar. Futebol em declínio e ausência de soluções. Mas a SAF do Vasco apostou no ex-treinador do Flamengo.

Semanas livres para treino não dão em nada. Antes do clássico foram nove dias de descanso e trabalho especificamente para a partida. No mesmo intervalo o Flamengo ainda teve o Fluminense pela frente no mata-mata da Copa do Brasil.

A fragilidade defensiva e desorganização vascaína depois do primeiro gol rubro-negro foram a senha para a goleada. Vexame de um time enterrado na traumática zona de rebaixamento. O desafio da 777 é evitar que lá fique preso e caia, como outros times geridos pelo grupo (Genoa em 2022, subiu agora; e Hertha Berlim, rebaixado há poucos dias).