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Mauro Cezar Pereira

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

VAR, sorte e gols perdidos na vitória do Flamengo sobre o Olimpia

11/08/2021 21h22

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O Flamengo se arriscou tremendamente diante do não mais que esforçado time do Olimpia. Optou, ainda no primeiro tempo, por um jogo pautado no contragolpe, fez 1 a 0, em dado momento teve um homem expulso e na intervenção, correta, do VAR tudo mudou, com o cartão vermelho para Filipe Luís revogado e pênalti que Gabigol converteu.

Os 2 a 0 eram exagerados, mas os velhos problemas defensivos nas jogadas aéreas permitiram à equipe paraguaia diminuir para 2 a 1 ainda na etapa inicial. O cenário era de absoluto lucro quando os jogadores foram para os vestiários. Antes do pisão em Arrascaeta que virou pênalti após o uso do vídeo, Everton Ribeiro deu passe de calcanhar, abrindo mão de arrematar.

Foi na sequência desse lance que Filipe Luís levou segundo amarelo. Não fosse pelo VAR, o preciosismo (de sempre) diante do gol adversário custaria caro. Que sorte do Flamengo! Mas ela não esteve ao lado apenas na anulação do cartão vermelho para o lateral-esquerdo. Bruno Henrique chutou torto e a tentativa de finalização virou assistência para Gabigol ampliar, 3 a 1.

O Olimpia ficou entregue e o famoso "caminhão" de gols perdidos estacionou no ataque rubro-negro. Até que Gabriel Barbosa deu o quarto gol a Vitinho. Mas antes o "Decano" também teve chances. O jogo ficou muito aberto, espaços em demasia, um perigo que seria imenso, não fossem as limitações do conjunto guarani.

Vale tirar lições desse jogo. Primeiro ter consciência da fragilidade do adversário. A mesma atuação ante um oponente mais qualificado poderia resultar em desfecho bem diferente. Além disso, há a exposição de Filipe Luís. Posicionado quase como terceiro zagueiro em alguns momentos, ele ficava protegido. O lateral que, diziam, "jogava de terno" foi expulso em função desse mano a mano recente.

Além disso, o Flamengo não pode, nem deve, com o atual elenco, ir a campo para jogar contra um time como o Olimpia atual apostando em velozes transições. A imposição é marca da equipe desde 2019. Não se trata de ter querer repetir o chamado "ano de ouro", mas ter consciência de que existe uma identidade de jogo que não deve ser abandonada.

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