Juca Kfouri

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Opinião

John Textor, o Elon Musk do futebol

Ser bilionário não impede ninguém de ser imbecil.

É o que vemos, em escala mundial, com o empresário sul-africano Elon Musk e com o estadunidense John Textor pelos gramados, um dono da Tesla, o outro do Botafogo.

É claro que o Botafogo é muito mais importante que a Tesla, o que não dá a Textor o direito de ser tão irresponsável e mentiroso como Musk.

Ambos são megalomaníacos e, convenhamos, têm motivos.

Mas são também mitômanos, criam mundos paralelos e se julgam acima das leis.

Daí saírem atirando a esmo no que imaginam verem.

Tapados não são, pois nem Musk ameaça a lei nos Estados Unidos, onde vive, como Textor se cala em países como a Inglaterra e a França, onde tem quase 50% do Crystal Palace e o Lyon.

Musk, aliás, jamais criticou a China e a Arábia Saudita por falta de democracia, pois boa parte de seu dinheiro vem delas.

No fundo, no fundo, são dois palhaços endinheirados capazes de fazer o mal sem olhar a quem.

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Provocadores caros, encontraram eco no Brasil em figuras que procuram cascas de bananas para pisar, às vezes até atravessam a rua para encontrá-las.

Melhor seria esperar que infringissem a lei nacional para pegá-los.

Textor até já infringiu e resta saber quando o pegarão, independentemente do quanto esteja disposto a gastar com senadores dóceis — aqueles que vendem dificuldades para ganhar facilidades, que não são poucos.

Musk, por enquanto, revela apenas garganta ilimitada.

Se transgredir por aqui, bastará carimbar um X em sua testa para que possa ver o Sol quadrado e sonhar com Marte.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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