Juca Kfouri

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Reportagem

São Paulo chora, ri e chora novamente

Tocou o pavor no Morumbi, para variar com muita gente.

Quando o intervalo chegou, o "Campeão de tudo" perdia para o time B do Bragantino por 1 a 0, gol do uruguaio Thiago Borba, aos 7 minutos, depois de saída errada do equatoriano Arboleda e lançamento do colombiano Mosquera.

Mosquera, aliás, infernizava a defesa tricolor quando sentiu lesão muscular e teve de sair, ainda antes de meia-hora de jogo, trocado por Vitinho.

Antes de ir para o vestiário no intervalo o time são-paulino ouviu vaias, não muito vibrantes, mas vaias.

O Bragantino, mais preocupado com o jogo na terça-feira pela chamada pré-Libertadores, na Colômbia, contra o Águillas Douradas, lucrava três pontos com os quais não contava e praticamente os classificava para as quartas de final do Paulistinha.

Rafael talvez pudesse evitar o gol e o ataque tricolor pouco ameaçou.

Na volta para o segundo tempo, sem mudanças, o time ouviu incentivos do torcedor.

O primeiro goleiro a ter de fazer ótima defesa, aos 48, foi Rafael e o Braga de Caixinha infligia a terceira derrota seguida dos donos da casa, algo que não passava pela cabeça deles, embora houvesse quem avisasse que a quebra da escrita em Itaquera e o título da Supercopa mereciam ser comemorados e só, porque não faziam do São Paulo favorito a coisa alguma.

Aos 57, logo após o goleiro Lucão evitar o empate dos pés de Nikão, Thiago Carpini pôs Michel Araújo e Erick nos lugares de Luciano e Nikão.

O São Paulo pressionava, corria riscos porque o Braga não se limitava a defender a vantagem e a angústia aumentava, porque o empate ameaçava sair e não saía.

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Aos 72, Helinho foi expulso aparentemente por reclamação e Arboleda por falta violenta em Talisson.

Dez contra dez, sobrava mais espaço e Rafael fez nova defesaça na cobrança da falta.

O jogo ficou nervoso, mais do que merecia, mas ficou — diante de quase 45 mil torcedores.

Alan Franco entrou no lugar de Pablo Maia.

Depois, Ferreirinha pediu para sair e Luiz Gustavo o substituiu.

Aos 88, enfim, Erick empatou e, diga-se de passagem, sua entrada melhorou muito o ataque: 1 a 1.

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Por tudo era justo, embora do São Paulo se esperasse mais, principalmente por enfrentar os reservas do Bragantino.

E foi Erick quem, aos 93, pôs Calleri na cara do gol e ele não perdoou, com a frieza que o caracteriza: 2 a 1.

O que era motivo de preocupação virou de ampla satisfação, de velório à festa.

Mais na raça que na bola até que, aos 96, o uruguaio Nacho empatou 2 a 2, em cruzamento de Lincoln.

O motivo para preocupação voltou!

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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