Torcida do Corinthians entra em conflito com polícia fora do estádio
Após a goleada do Corinthians contra o Linense, por 4 a 0, aconteceu uma confusão entre torcedores e a Polícia Militar. Os corintianos já tinham saído da arena quando o conflito começou e houve muita correria. Bombas de efeito moral foram usadas para dispersar os envolvidos, que voltaram para a entrada da arquibancada do setor norte para fugir. Não houve qualquer consequência grave após o ocorrido.
O capitão da Polícia Militar que estava no estádio, André Luiz Figueiredo Zaccaro, disse que houve uma ação orquestrada da Gaviões da Fiel. Ele entendeu que a principal torcida organizada do Corinthians simulou uma confusão para preparar uma armadilha no lado de fora do estádio.
"Houve uma confusão na saída do estádio, perto do portão e foi pedido reforço para dispersar quem estava ali. Isso foi controlado, mas quando a polícia saiu, havia um grupo armado com paus, pedras e garrafas. Eles começaram a atirar isso nos policiais e se aproveitaram dos veículos do estacionamento leste para se esconder. Depois correram mais para se armar e arremessaram mais pedras. Então houve necessidade de a polícia intervir com bombas, em virtude da grande quantidade de materiais que eles pegaram", afirmou ele à Rádio CBN.
De acordo com a PM, dois corintianos foram detidos durante o conflito. Zaccaro alegou que três policiais ficaram feridos: "um membro da cavalaria quebrou o braço, e outros dois se feriram. A PM tem que agir de forma a coibir a ação desses torcedores. São vândalos que vem tumultuar o bom espetáculo e conturbar a vida das famílias que vão ao estádio por questões que infelizmente não sei dizer", afirmou ele, após negar que exista uma rivalidade entre a Gaviões e a PM.
Os torcedores do Corinthians reclamaram que a PM os agrediu por causa das faixas que eles ostentavam, com criticas à Federação Paulista de Futebol, Rede Globo e CBF. O capitão negou: "em nenhum momento houve problema com as faixas, tanto que eles ostentaram elas durante o jogo. Só houve necessidade de intervenção por uma agressão injusta", reclamou.
Em entrevista à ESPN, Zaccaro afirmou que a PM vai pedir as imagens das câmeras de segurança para tentar identificar os membros da torcida organizada envolvidos na confusão. Esse registro deve ser divulgado para imprensa posteriormente.
No Twitter, um torcedor chamado Pitter Rodriguez, que estaria no estádio no momento da confusão, deu um relato diferente do feito por Zaccaro. Confira:
"Sem a menor justificativa, a Polícia Militar avançou sobre a torcida organizada com tiros e bombas, se esquecendo dos demais torcedores.
Barbárie injustificada porque a organizada nada fez. Foi uma represália gratuita e fascista. E mesmo que tivesse feito, não justificaria a violência desmedida, com tiros e bombas em cidadãos que nada tinham a ver, como eu e meu filho.
Tive que correr de bombas e tiros, com meu filho de 9 anos chorando até que descemos rolando por um barranco pra tentar chegar ao metrô".
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