Presidente da Federação Inglesa condena manifestação política de Guardiola
O laço amarelo que o técnico Pep Guardiola usa durante as partidas do Manchester City para manifestar apoio aos separatistas catalães ainda está causando polêmica. Desta vez, o presidente da Federação Inglesa, Martin Glenn, condenou a atitude do treinador e até comparou ao nazismo.
“Não podemos, nem queremos que o futebol mostre esses símbolos. Os símbolos que dividem não são bons. Poderiam ser símbolos religiosos potentes, poderia ser a estrela de Davi (judaísmo), poderia ser a foice e o martelo (comunismo), poderia ser a suástica (nazismo) ou qualquer outra coisa”, falou Glenn.
“Para ser honesto e claro, o laço de Guardiola é uma postura política”, acrescentou o presidente da FA, que disse que a entidade está aplicando, de forma imparcial, as regras.
Desde 17 de outubro de 2017, quando o City bateu o Napoli na Liga dos Campeões, o técnico dedicou a vitória por 2 a 1 a Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, líderes das duas principais organizações a favor da independência da Catalunha. Um dia antes (16) do jogo válido pelo Grupo F, os dois foram presos preventivamente após incitarem o povo da região a votar por sua independência da Espanha.
O adereço era um símbolo de protesto na Catalunha para pedir a liberdade de Jordi Sánchez, Jordi Cuixart, Joaquim Forn e Oriol Junqueras.
Nascido em Santpedor, cidade catalã que fica a 63 km de Barcelona, Guardiola passou a demonstrar seu apoio aos líderes encarcerados de forma alternativa: com um laço amarelo do lado esquerdo de seu peito, representando a Catalunha.
A 'estreia' do laço de Guardiola aconteceu na vitória por 3 a 2 do City sobre o West Bromwich, em 28 de outubro, pelo Campeonato Inglês. Desde então, o técnico já utilizou o item em outros oito jogos do City.
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