STJD julgará ato político do Atlético-PR por infringir regra da CBF

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) recebeu denúncia da procuradoria contra o ato político promovido pelo Atlético-PR na partida do dia 6 de outubro, contra o América-MG, um dia antes do primeiro turno das Eleições 2018. Na ocasião, o Furacão mandou seus jogadores à campo com uma camisa amarela e os dizeres “#Vamos todos juntos por amor ao Brasil”. Além disso, a mesma mensagem estava presente em um painel da arquibancada.
O procurador Felipe Bevilacqua, que ofereceu a denúncia, deixou claro que a manifestação política não tem relação direta com o pedido por uma punição. Para Bevilacqua, o problema principal foi o Atlético ter feito a manifestação sem o aval da CBF, que foi consultada fora do prazo e vetou o ato.
O julgamento será na próxima sexta-feira (19), no Rio de Janeiro, em primeira instância.
A denúncia coloca o Atlético enquadrado no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre infrações de regulamento, por ter desobedecido orientação da CBF, que não liberou o ato. A punição pode ser de multa de até R$ 100 mil, além de suspensão para os envolvidos na decisão do ato. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mario Celso Petraglia, principal liderança do clube, tinha suspensão de 15 dias se encerrando no mesmo dia da partida com o Coelho.
O clube é reincidente no aspecto disciplinar, já que foi punido anteriormente por uma ação de marketing não autorizada com o goleiro Santos, que entrou com um celular em campo.
Apoio informal à Bolsonaro não tem relação com a denúncia
Institucionalmente, o Atlético informou que a mensagem é "apartidária" e que não fazia referência à nenhum partido ou candidato. Mas, em manifestação nas redes sociais, Petraglia, usou a frase que o clube estampou nas camisas para revelar seu apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), por quem tem feito campanha em seus perfis pessoais.
O apoio informal foi uma das razões para que o zagueiro Paulo André se recusasse a exibir a camisa. O jogador faz parte do movimento #DemocraciaSim, que critica as posturas do candidato do PSL em seus 28 anos de carreira pública.
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