Mano x Bento: o que o brasileiro mudou que vem dando certo no Cruzeiro
Ao vencer o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, Mano Menezes conseguiu um feito inédito para o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro. Os mineiros estão invictos há quatro partidas. Mas os resultados são fruto de algumas mudanças feitas pelo treinador na Toca da Raposa II.
Desde que retornou à capital mineira, o comandante fez modificações em relação ao trabalho de Paulo Bento, demitido no fim de julho passado. E as alterações têm surtido efeito direto no rendimento da equipe. O UOL Esporte lista algumas interferências do técnico à frente do time:
Horário dos treinos
Paulo Bento comandou atividades em dias de jogos do Cruzeiro, como na segunda rodada do Brasileirão, quando enfrentou o Figueirense. Os horários dos treinos nem sempre eram os mais agradáveis para o elenco. O português programou exercícios para o início da manhã. Os atletas, em alguns casos, precisavam se apresentar às 8h na Toca da Raposa II, onde concediam entrevistas coletivas 15 minutos depois.
Mano Menezes já modificou esta situação. As atividades matutinas se iniciam às 10h, duas horas mais tarde em relação ao que era feito pelo antecessor. Uma vez por semana, o gaúcho costuma trabalhar em período integral, como ocorreu nessa quarta-feira (24). Os outros exercícios acontecem conforme os compromissos, variando entre manhã e tarde.
Novo padrão de jogo
A forma de jogar de Mano Menezes já é diferente do antecessor. Por mais que a formação seja semelhante, com dois volantes, dois homens de criação e dois atacantes, o gaúcho deu um novo padrão à equipe. Hoje, o time mineiro atua com menos intensidade. O treinador opta por reduzir o ritmo ofensivo com o intuito de ter mais qualidade no momento de defender e desarmar os adversários:
“A partir do momento que você cria e não faz, você abre espaço para que o adversário crie as jogadas. A primeira coisa que disse para os jogadores era para criar menos, diminuir para não se expor defensivamente. O Cruzeiro passou a dar menos campo para o adversário. Eu vejo futebol dessa forma e gosto que a equipe se comporte assim”, afirmou.
Reaproximação do elenco
A principal ação de Mano Menezes é na gestão do elenco. Embora opte pela definição de 11 titulares – o que não aconteceu durante a passagem de Paulo Bento pela Toca da Raposa II –, o gaúcho soube reaproximar os jogadores. Esta, inclusive, é uma de suas virtudes, conforme revelado por Rafael Sóbis.
“Esse momento mostra companheirismo, mostra luta. Às vezes, não dá para fazer o que a gente tanto quer, mas precisa de luta e entrega. Nós estamos mais unidos. Pouco a pouco, as coisas vão acontecendo. É questão de confiança”, declarou.
Retorno de pilar defensivo
Mano Menezes fez uma alteração que melhorou o setor defensivo. Recuperado de cirurgia no joelho direito desde o início de julho, Manoel só retornou à equipe após a demissão de Paulo Bento. Um dos pilares da defesa bicampeã brasileira, o atleta permaneceu no banco de reservas com o lusitano em cinco compromissos. À época, o português preferiu dar sequência aos jovens das categorias de base em detrimento do jogador. A volta do defensor deu mais consistência ao time.
Logo que chegou a Belo Horizonte, o gaúcho explicou por que devolveu a condição de titular ao defensor: "É uma ideia que eu tenho, pois ele trabalhou bem no ano passado. Também gosto do Leo, mas temos que partir de uma base. E a base que eu escolhi foi essa", concluiu.
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